sábado, 26 de janeiro de 2013

Lotus - Christina Aguilera


Álbum - Lotus
Artista - Christina Aguilera
Ano - 2012

De fato, quando escuto um lançamento da Aguilera tenho a impressão de que se trata do seu pior trabalho, e que sua carreira está em plena decadência. Dessa vez não foi diferente, porém, após algumas audições suas músicas entram no meu sangue e o que me passava estranheza se transforma em alegria, e isso somente um real artista de vanguarda pode fazer. “Lotus” pode ser o pior como pode ser ser o melhor trabalho dessa que é indiscutivelmente a melhor vocalista da sua geração, e olha que digo isso sem medo. “Army Of Me”, Empty Words”, “Sing For Me” e “Circles” detonam com seus vocais endiabrados, arranjos muito bem elaborados e produzidos, isso sem falar nas pérolas “Let There Be Love” e “Blank Page” que é só uma questão de dias para estourarem nas rádios. Enquanto isso eu vou continuar curtindo o primeiro single “Your Body”, e sonhar que ela deseje meu corpo também. 


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Dehumanizer - Black Sabbath

Album - Dehumanizer
Artista - Black Sabbath
Ano - 1992

Depois de anos ao lado do, nada carismático, vocalista Tony Martin; o rei dos riffs Tony Iommi e o baixista Gezzer Butler resolveram de vez acabar com os desentendimentos com Ronnie James Dio e gravaram o album "Dehumanizer",  uma verdadeira pedrada nos tímpanos dos bangers.  Dio trouxe, mais uma vêz, o batera Vinnie Appice e o clima ficou pesado, no melhor sentido da palavra. O album tem um peso poderoso com  riffs mais arrastados e a voz de Dio está mais agressiva do que nunca. O baixo de Geezer forma uma muralha sonora com a competente bateria de Appice. Em "Computer God", faixa de abertura, Ronnie James Dio canta de forma insana; e na diabólica "After the all" o vocalista parece estar com o capeta no corpo. "Letters From Earth" e "Master Of Insanity" parecem ter saído de algum disco do Sabbath de meados de 70. "TV Crimes" e "Time Machine" são as mais aceleradas no album mais arrastado da banda. Pena que este foi o penúltimo trabalho com esta fantástica formação, pois anos depois eles voltaram com o nome de Heaven and Hell mas isso é outra história.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Captured - Journey


Álbum - Captured
Artista - Journey
Ano - 1981

Coroando a primeira fase da banda, “Captured” mostra a desenvoltura dessas feras ao vivo na turnê do album “Departure”. A banda que começava a despontar nas paradas de sucesso com “Any Way You Want It” ainda não sabia que dominaria o cenário pop rock nos próximos anos. Porém, além das performances impecáveis dos mestres Neal Schon e Steve Smith, o que mais se destaca, para mim, é a capacidade do vocalista Steve Perry, que faz parecer fácil chegar a notas tão altas de melodias tão complexas para se cantar por mais de uma hora ao vivo. Hoje em dia, quando um vocalista se destaca no mercado pop, normalmente admiramos o timbre, as nuances, o estilo e até mesmo a performance, mas um vocalista como Perry, não aparece a tempos, espero ansiosamente encontrar alguém parecido em X-factors e Idols da vida, mas até agora nada! 


Done With Mirrors - Aerosmith


Álbum - Done With Mirrors
Artista - Aerosmith
Ano - 1985

“Done With Mirrors” marca a volta da formação original da banda. Mas o álbum apenas começou a esquentar a engrenagem da banda e do sucesso que estaria por vir. O álbum não conta com nenhum mega sucesso e nem com nenhuma música sensacional. Mas a produção, inspirada de Ted Templeman, já mostrava que a banda estava disposta a ficar com a sonoridade mais agressiva. Mesmo sem ser um dos meus preferidos pela música, é um dos meus preferidos na performance do mestre Steven Tyler, o cara realmente canta muito! “Done With Mirrors” é um dos álbuns esquecidos da banda, e dificilmente você ouvirá uma dessas faixas em suas turnês ou em algum “best of” da banda. Um álbum para o fã.


Detonator - Ratt


Álbum - Detonator
Artista - Ratt
Ano - 1990

Estava cada vez mais difícil lançar um álbum de hard rock que pudesse se destacar em meio a tantos clássicos que já haviam saído nos anos 80.  “Detonator” é um álbum excelente, mas não chega a ser um clássico. Mesmo assim não teve uma repercussão justa para banda. “Shame Shame Shame”, “Lovin’ You’s A Dirty Job”, “Scratch That Job” e “All Or Nothing” são músicas cheias de peso, com tudo que um fã do estilo pode querer, músicas de Desmond Child, batidas poderosas, vocais rasgados, letras idiotas, riffs distorcidos e solos inspirados. “Detonator” abre os anos 90 e, de certa forma, mostra que os olhos dos roqueiros já estavam saindo da direção de L.A. e procurando algo novo no underground. Detalhe, a capa é de um mal gosto incrível, parece um “piratão” do camelô.



domingo, 25 de novembro de 2012

Autobahn - Kraftwerk


Álbum - Autobahn
Artista - Krafwerk
Ano - 1974

“Autobahn” é um álbum que me intriga muito mais pela qualidade das composições do que pelos timbres, coisa incomum na música eletrônica. É lógico que a desenvoltura no controle de seus minimoogs, arps, vocoders, etc. são virtudes indiscutíveis dos integrantes da banda. Porém as músicas possuem tanta identidade e coerência na temática escolhida que realmente impressionam. A faixa título faz o ouvinte viajar ao longo dos seus 22 minutos, passeando por loops rítmicos extremamente bem cuidados e muito bem compostos e, efeitos sonoros que despertam a imaginação do ouvinte. Texturas, sensações e climas também fazem parte das demais faixas, como em “Kometenmelodie 1”, onde “noises” misturados a pianos lembram longas passagem nebulosas e, “Morgenspaziergang” que cria uma paisagem sonora altamente rural com pássaros, água e uma flauta singela. Se você acha isso impossível, escute...


Draw The Line - Aerosmith


Álbum - Draw The Line
Artista - Aerosmith
Ano - 1977

No auge das drogas e do ego, Aerosmith testemunha seu momento mais obscuro. É o que qualquer review desse álbum diz. Mas, “Draw The Line” é um direto de direita no olho de um amante de rock. Para uma banda que vinha flertando cada vez mais com outros estilos, e usando diversos instrumentos, essa névoa que os atrapalhava a vida pessoal, acabou os trazendo de volta ao puro hard rock, enfim agora é só pauleira. Que bom! A faixa título, com seu riff de slide, ainda é incluída nos set lists de hoje em dia. O albúm ainda conta com a participação de Joe Perry nos vocais de “Bright Light Fright”, a suingada “Get it Up”, e a sensacional balada “Kings and Queens” com um arranjo que mostra a singularidade desses cinco “malucos” reunidos. “Draw The Line” ficou marcado como o último álbum da banda com esse formação por bastante tempo. 


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Chinese Democracy - Guns N' Roses


Álbum - Chinese Democracy
Artista - Guns N’ Roses
Ano - 2008

Sempre que se fala “Chinese Democracy”, aparece um “gênio” e diz - “prefiro a época do apetite”. Ok! Eu também acho “Apetite for Destruction” uma obra prima! Mas não estamos discutindo isso. Mas convenhamos, falar que “Chinese Democracy” é o melhor álbum da banda, seria a única mentira que não poderíamos falar de jeito nenhum. Porém, esse é o segundo melhor cd da banda, e para os fanáticos, falar isso magoa seus corações saudosistas. O cd é cheio de arranjos majestosos e inovadores, com guitarras alucinantes e batidas modernas e pesadas. É isso mesmo, Axl acertou em cheio em vários pontos, “Better”, “If The World”, “There Was A Time”, “Madagascar” são alguns exemplos de faixas incomparavelmente melhores que as simples “Don’t you Cry” ou “Civil War”. Apesar de todas as histórias catastróficas relacionadas a esse álbum, o que realmente vai ficar são as músicas, e isso eu garanto, são boas! Axl tô contigo! 



Dirty Deeds Done Dirt Cheap - AC/DC


Álbum - Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Artista - ACDC
Ano - 1976

Um brinde ao controverso, ao podre, ao promiscuo, ao sujo,... enfim a todos os sentimentos humanos que são repudiados e repreendidos pela sociedade. “Dirty Deeds Done Dirt Cheap” é uma compilação desses temas, e serve muito bem como trilha sonora para o jovem aprendiz de delinquente. Isso pode parecer ruim, mas não é! Isso é tudo que um verdadeiro roqueiro mais espera do estilo. AC/DC é um verdadeiro porta-voz de toda esses pecados, e faz isso de maneira soberba. Assim como a faixa título, outros diversos hits da minha vida estão nesse álbum, e me arrisco a dizer que todas as faixas são iguais em importância pra mim, não tenho coragem de escolher uma ou duas entre essas nove maravilhas. Ao iniciante no mundo do rock, considero esse álbum indispensável, sem dúvida nenhuma. Yeah! I’m problem child! 



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Colour Me Free - Joss Stone


Álbum - Colour Me Free
Artista - Joss Stone
Ano - 2009

A princípio “Colour Me Free” me deixou um pouco desnorteado, eu confesso, que na primeira audição fiquei esperando aquele hit avassalador. Só depois de várias rodadas nas faixas que comecei a entrar no clima do álbum. “Free Me” foi a primeira a me marcar com seu alto astral. Em seguida a bela balada “4 and 20” me enfeitiçou com seu charme, e depois “Parallel Lines”, e “Big Ol Games”, e “Governmentalist” e depois... e depois ..... O cd ainda conta com a participação de mestres como Jeff Beck, Sheila E. David Sanborn que tem a difícil missão de parecer interessante ao lado da maior princesa da música soul atual. Suas interpretações são singulares, sua voz é uma delicia de ouvir, a gravação e a produção estão no melhor padrão do estilo. Então o que eu poderia querer mais? So me resta sonhar com ela cantando no meu ouvido, bem pertinho... Maravilhosa!


Caught in The Game - Survivor


Álbum - Caught in The Game
Artista - Survivor
Ano - 1983 

Depois do monumental sucesso de “Eye Of The Tiger”, Survivor não consegue nem repetir o feitiço e lança um álbum que não deixou nenhuma canção em seus “The Best Ofs” futuros. Apesar disso, “Caught In The Game” não é um álbum tão diferente do seu antecessor, mas as faixas não tem a mesma mágica e energia, e acabam passando uma certa falta de inspiração nas faixas. Além disso o álbum marca o fim da participação do magnífico vocalista Dave Bickler na banda. O rock de “Slander” e a balada “Santa Ana Winds”, me empolgam mais do que as faixas iniciais, que deveriam ser os hits bem endereçado as rádios. “Caught in The Game” seja um álbum dispensável da banda, mas está longe de ser ruim. 



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Chaos And Disorder - Prince


Álbum - Chaos And Disorder
Artista - Prince
Ano - 1996

Mais uma vez, Prince e suas obrigações contratuais... Mas dessa vez, ao contrário de “Come”,  Prince junta onze faixas super positivas e alegres. “Chaos and Disorder”, realmente é um álbum de pop rock, bem mais leve do que o seus últimos lançamentos. “I Rock Therefore I Am”, “Into The Light” e “Dig U Better Dead”, se destacam e lembram o Prince de álbuns como “Around The World in a Day” ou “Sign Of Times”. Outra coisa legal é que os arranjos são muito mais para um grupo de músicos do que grandes programações eletrônicas recheadas de sintetizadores e loops. Prince ainda aplica com maestria pinceladas de jazz com muito bom gosto nas faixas “I Will” e bonita “Dinner With Delores”. Com certeza “Chaos and Disorder”, não é o seu “Sgt Peppers”, mas vale muito a pena conferir, se vale...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dressed To Kill - Kiss


Álbum - Dressed To Kill
Artista - Kiss
Ano - 1975

Quando me perguntam, qual é o melhor álbum do Kiss? De tempos em tempos mudo de opinião, mas sempre estão entre os seis primeiros álbuns de estúdio. “Dressed To Kill” poderia ser facilmente o melhor, já que esse é o álbum que contém o maior hino da banda “Rock n’ Roll All Nite”, e ainda possui pelo menos mais três grandes clássicos da banda, “Rock Bottom”, “C’mon And Love Me” e “She”. “Dressed To Kill”, é o terceiro trabalho da banda, e tem o verdadeiro DNA da banda, tanto que me parece que todos os álbuns da banda, desde que voltaram a se mascarar, tentam reproduzir esse momento sublime que a banda vivia, um verdadeiro quarteto do mais puro rock n’ roll. “Room Service”, “Two Timer” e “Lover Her All I Can”, são comuns de serem encontradas noas “the best of” da banda e ainda deveriam estar no “Alive!”,esse que deveria ser um disco quádruplo e não duplo. Cinco estrelas, sem dúvida!



sábado, 8 de setembro de 2012

Diver Down - Van Halen


Álbum - Diver Down
Artista - Van Halen
Ano - 1982

“Diver Down” pode ser, facilmente, escolhido como o pior álbum da primeira fase pelos admiradores da banda. Porém, Van Halen é Van Halen sempre. Mesmo sem a mesma importância dos álbuns anteriores, esse, ainda assim, contém doses cavalares do mais refinado rock n roll que podemos esperar de uma banda. Eddie continua com o diabo no corpo, e mostra suas peripécias em todas as faixas, mas “Cathedral” e “Little Guitars” que temos aquele momento “solo” com o mestre. Dave Lee Roth põe pra quebrar com suas interpretações ora hilariante, ora sensual. Mas o que mais se destaca nesse álbum é a quantidade de covers. “Where Have All The Good Times Gone”, “Dancing In The Street” e, a genial versão de, “Pretty Woman” que deixaram a pulga atrás da orelha de que a banda estava diminuindo a velocidade. Mais dois anos depois veio uma resposta avassaladora. As vezes, esperar um pouco é uma boa...

Departure - Journey


Álbum - Departure
Artista - Journey
Ano - 1980

“Departure” está longe de ser o melhor trabalho da banda. Mas dei muitos pulos de alegria escutando esse álbum. Os vocais impecáveis, as guitarras emocionantes e as baterias sensacionais, fazem de “Departure”, no mínimo, um trabalho memorável. “Any Way You Wanted”, “Walks Like A Lady” e “Line Of Fire”, são ótimas faixas, e fizeram parte das gigantescas turnês da banda na década de 80. Mas, minha preferida é “Precious Time” com imensas viradas de bateria que botaram Stevie Smith entre os meus bateristas preferidos até hoje. “Someday Soon”, “Where Were You” e “Stay Awhile” também boas dicas pra quem ainda está começando a escutar a banda. Só não posso elogiar tanto esse álbum, por que sei que o melhor ainda estava por vir.

Don't Forget - Demi Lovato


Álbum - Don’t Forget
Artista - Demi Lovato
Ano - 2009

É impressionante, quando aparece um super herói, e mostra seus super poderes, pobres mortais tendem a critica-los e condena-los antes mesmo de saber pra que lado estão lutando. Demi Lovato chega em 2009 chutando as costas de outras artistas mirins de sua geração, com seus demiagudos e seu demicharme, sua performance roqueira é uma elevação de nível na categoria, que estava acostumada com pops dançantes e baladas singelas. “Don’t Forget”, não podemos esquecer, é um álbum da Disney, cheio de letras caretas e corretas, mas os arranjos contam com elementos de rock jamais vistos nessa onda. “Party” e “Get Back” são as mais pesadinhas. Mas o álbum ainda conta com os hits “La La Land”, “Don’t Forget” e “On The Line”, esta que tem a participação de seu exs companheiros Jonas Brothers. Não posso negar que sua voz me conquistou, e minha vontade de ouvi-la daqui a alguns poucos anos, ligou uma grande parabólica em mim, que não deixa eu me afastar dessa incrível menina, que com certeza terá um futuro muito promissor, para não falar genial.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diferent Kind Of Truth, A - Van Halen


Album - Diferent Kind of Truth, A
Artista - Van Halen
Ano - 2012

Um dos retornos mais aguardados do rock, e da música pop em geral, foi a volta do vocalista David Lee Roth ao Van Halen. O carismático vocalista pulou fora da banda no fantástico album "1984" e a impressão que se tem, depois de ouvir o novo disco, é que o tempo parou para a banda- Graças aos bons Deuses do Rock!!! Tudo que se ouve em A Diferent Kind of Truth tem cheiro, pegada e atmosfera do bom e velho VH. Os fãs mais frescos reclamaram que a primeira música de trabalho que a banda soltou foi "Tattoo", dizendo que era muito fraca para os padrões da banda. Bobagem, é ótima apesar de não ser a melhor no meio de tantas coisas ótimas e candidatas à clássicas como "She's the Woman" (que parece ter saído do disco "Fair Warning"), na ligeira "China Town" (com ótima performance do caçula da banda, Wolfgang Van Halen no baixo), na poderosa "Bullethead" e "Stay Frosty" (com aqueles vocais cheios de malandragem que só David Roth sabe fazer). Falar que Eddie Van Halen continua endiabrado e surpreendendo é chover no molhado. Tanto nas seis cordas como na produção impecável, junto com John Shanks,o cara está com a corda toda. Seu irmão, Alex Van Halen, continua um baterista vigoroso e perfeito, e a maior dúvida do disco estava por conta de Wolfgang no lugar de Michael Antony, mas sinceramente? O moleque se saiu bem prá cacete e talvez Michael Antony só faça falta nos shows por conta dos seus ótimos backing vocals. "A Diferent Kind of Truth" tem 13 músicas novas do Van Halen, todas maravilhosas. Disco obrigatório!

sábado, 7 de abril de 2012

Barking at Airplanes - Kim Carnes


Álbum - Barking at Airplanes
Artista - Kim Carnes
Ano - 1985
Kim Carnes tentou, mas não conseguiu manter seu estilo nas paradas por muito tempo. Barking at Airplanes” tem toda as caracteristicas dos álbuns anteriores da cantora, mas o que fazer se ninguém quer mais te ouvir. Os dois singles “Crazy in The Night” e “Abadabadango” se fossem lançados na década de 70 poderiam ter se saído muito bem. A produção conta com diversos medalhões como Lindsey Buckingham, Ry Cooder, Craig Krampf e Paulinho da Costa, mas não foi o suficiente para desbancar a nova geração dos anos 80 que vinham com a nova tendência new wave. “Barking at Airplanes” não é um bom álbum e pode facilmente ficar no esquecimento, mas mesmo assim nada que fira a imagem dessa grande cantora.

Destroyer - Kiss


Álbum - Destroyer
Artista - Kiss
Ano - 1976
Para muitos o principal álbum do grupo, “Destroyer” é o primeiro trabalho da banda após o vitorioso “Alive!”, e conta com uma das mais importantes músicas da banda “Detroit Rock City”. Gravado no Electric Lady Studios e produzido por Bob Ezrin, “Destroyer” tinha a missão de elevar o padrão da banda, e, sem dúvida, o fez. Pena que abriu algumas feridas entre os integrantes, como a utilização de um guitarrista de estúdio no lugar de Ace em “Flaming Youth” e “Sweet Pain”. “God of Thunder”, “Shout It Out Loud”, “Do You Love Me” e “Beth” também fazem parte dessa obra de arte, que mistura orquestras, excelentes mixagens, uma capa magnífica, e acima de tudo, o Kiss em seu melhor momento. 

Dion Chante Plamondon - Celine Dion


Álbum - Dion Chante Plamondon
Artista - Celine Dion
Ano - 1991
“Dion Chante Plamondon” foi o meu primeiro contato com a cantora canadense Celine Dion. Todo cantado em francês, poderia trazer um pouco de estranheza para um ouvinte acostumado com o língua inglesa. Mas não, o cd passou rapidamente a ser um dos meus mais ouvidos na época. “Le Fils de Superman”, “Le Blues Du Businessman” e “Un Garçon Pas Comme Les Autres (Ziggy)” logo se destacaram com vocais impressionantes e arranjos que se diferenciavam dos pops que dominavam as rádios. Luc Plamondon é um letrista pop, e diversas faixas deste trabalho foram tiradas do seu musical “Starmania” de 1976. Para quem não conhece os álbuns em francês dessa maravilhosa interprete, esse é, disparado, o meu preferido, e me fez abrir os olhos para essa nova “diva” que estava prestes a dominar o mundo.

sábado, 31 de março de 2012

Down to Earth - Rainbow



Album -Down to Earth
Artista - Rainbow
Ano- 1979
Depois de três maravilhosos discos de estúdio ao lado do vocalista Ronnie James Dio, o genial e genioso guitarrista Richie Blackmore decidiu que era hora de invadir as rádios americanas de rock e para isso teria que deixar de lado a temática medieval e cair de corpo e alma no rock de arena que dominava as paradas do Tio Sam naqueles tempos. Para isso convocou Don Airey para os teclados; Graham Bonnet para os vocais e seu antigo companheiro de Deep Purple, Roger Glover para o baixo e produção. Da formação anterior só o baterista Cozy Powell foi salvo da degola afiada de Richie. A fase com Dio é infinitamente melhor, mas o disco em questão faz bonito e fez a banda ser mais conhecida na América, principalmente pelo hits "Since you been gone" (de Russ Ballard) e "All Night Long"; duas músicas que pouco tinham em comum com a banda, ou seja: Saem os temas medievais e entram as histórias de amor e do dia a dia. Mas não dava pra transformar tanto assim de um disco para o outro, e "Down to Earth" tem ainda a "pegada" Rainbow com o pesado blues "Love's no Friend", "Danger Zone" e principalmente em "Eyes of the World" que entra fácil na galeria das melhores músicas do Rainbow. Infelizmente esta formação só durou neste disco.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Dynasty - Kiss


Álbum - Dynasty
Artista - Kiss
Ano - 1979
O declínio do império mascarado começava dar sinais bem mais nítidos. Depois dos desagregadores álbuns solos, o Kiss retorna totalmente diferente da banda pesada da turnê do Love Gun. Nossos heróis estavam se rendendo cada vez mais as glórias da Motown e inseriam ingredientes que vinham do Bee Gees e dos filmes de John Travolta. Agora Paul Stanley veste rosa e se derrete embalado na dançante “I Was Made For Lovin’ You” e “Sure Know Something”. Gene Simmons só aparece em duas músicas no lado B, “Charisma” e “X-Ray Eyes” e mesmo assim não convence. Ace é o grande destaque do álbum com sua versão de “2.000 man” dos Stones, e as faixas mais roqueiras “Save Your Love” e “Hard Times”. Sou um verdadeiro amante da banda, mas “Dynasty” está longe de ser um dos meus favoritos. 

Cause and Effect - Maria Mena


Álbum - Cause And Effect
Artista - Maria Mena
Ano - 2008
“Cause and Effect” é ácido, amargo, triste, sarcástico e lindo. É isso mesmo! No meio de tantos assuntos tristes, emerge uma voz maravilhosa cantando melodias devastadoras. Os arranjos e a produção, de alto nível e muito bom gosto, ajudam essa jovem artista contar seus dramas e revelar pensamentos no mínimo preocupantes. Chega ser difícil selecionar as faixas mais marcantes, mas destaco “Power Trip Ballad” e “Eyesore”, que quebram meu coração, com tanta melancolia. A maneira que essa norueguesa expõe suas frustrações, mistura muito do sarcasmo de Alanis Morissete e a pureza e a fragilidade de Sinned O’connor. Maria Mena é sem dúvida um diamante que ainda anda escondido, talvez pela seriedade da obra. Por incrível que possa parecer, um álbum sério as vezes afasta o artista do grande publico, aquele “grande publico” que procura sucessos instantâneos que os ajudam a encher a cara e “esquecer de tudo”. 

Breakthrough - Colbie Cailat


Álbum - Breakthrough
Artista - Colbie Cailat
Ano  - 2009
Doçura é uma palavra, que sozinha, pode definir o que encontrei nas faixas de “Breakthrough”, ao contrário do que se espera de álbuns de jovens cantoras. Colbie não se esforça em impressionar com vocalizes, gemidos, notas impossíveis, coreografias insinuantes e letras promíscuas, o que essa linda princesa trás  é uma sequência de melodias leves e fáceis de digerir rapidamente. “Begin Again”, “Fallin’ For You”, “I Never Told You”, “Fearless”, “It Stops Today” e “Lucky” tem o poder de embalar pessoas que não esperam que música seja uma disputa de egos e virtudes técnicas. Basicamente o álbum é carregado por violões e pianos, mas não chega ser um álbum de baladas dramáticas, as faixas tem um astral positivo e alegre, e por mais que não seja meu estilo preferido, me encantou. O álbum conta com duetos com Jason Reeves e com Jason Mraz, esse último que lhe rendeu um Grammy.   

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dark Days in Paradise - Gary Moore



Album - Dark Days in Paradise
Artista - Gary Moore
Ano - 1997

Se existe, de verdade, o termo "disco injustiçado", Dark Days in Paradise pode entrar com tranquilidade nesta categoria. Depois de uma longa jornada fazendo shows e discos de blues, Gary Moore resolveu dar um acento mais pop ( o melhor lado pop) no seu trabalho e fez um discaço onde podemos encontrar baladas lindas como "Where did we go wrong?", a divina "Like Angels" (com dois solos devastadores), "What are we here for?" com uma bela ajuda de bateria programada e com um "pé" em Jimmy Page no solo final e, principalmente, "I have found my love in you" com um climão de balada "disco". Os rocks e os blues também estão presentes, mas com uma nova roupagem, o que talvez tenha irritado os fãs mais xiitas, em "One good reason", "Cold wind blow" (um blues pra lá de viajante), "One fine day" , "What are we here for?" e na faixa de encerramento, a épica "Business as usual" com seus mais de 13 minutos delirantes. Para esta empreitada, Gary Moore chamou os experientes Guy Pratt para o baixo e Gary Husband para bateria. Teclados e programações ficam a cargo de Magnus Fiennes e Phil Nicholas. Meu disco preferido de Gary Moore e um dos meus preferidos de uma maneira geral.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Daydream - Mariah Carey


Álbum - Daydream
Artista - Mariah Carey
Ano - 1995
Uma artista maravilhosa com uma voz inacreditável, músicas sensacionais, músicos de alto nível e uma produção impecável, isso é o mínimo que posso falar de “Daydream”. Mariah chega ao topo do mundo e emplaca com maestria diversos mega-hits de uma só vez como “One Sweet Day”, “Always Be My Baby” e “Fantasy”. Mas as menos famosas (se posso falar isso?) “Melt Away”, “I Am Free” e a regravação da bela balada da banda Journey “Open Arms”, fazem parte da minha mais criteriosa seleção do seguimento. Além disso, Mariah ainda consegue elevar o padrão da sua própria carreira, fazendo álbuns melhores seguidamente, o que parecia impossivel pra mim, com seu aclamado antecessor “Music Box”. Minha enorme paixão por esse álbum resultou na minha maior frustração com cantora, já que até hoje espero pelo seu novo “Daydream”.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

C'mon, C'mon - Sheryl Crow



Album - C'mon, C'mon

Artista - Sheryl Crow
Ano - 2002
Quarto disco desta fantástica cantora, compositora e guitarrista americana, C'mon, C'mon é, sem sombra de dúvidas, o disco mais alegre e digamos,"ensolarado" de Sheryl Crow", mesmo quando os temas das letras são mais "escuros". Com ótimas canções de sabor pop e sempre flertando com a música folk, Crow sempre surpreende com melodias simples, belas e sempre muito bem feitas. A abertura do disco é uma cacetada nos ouvidos com o ótimo rock "Steve McQueen" (que geralmente abre os shows da artista) e segue com o maior hit do album- "Soak up the sun" com direito a clipe exaustivamente transmitido pelas "mtvs" da vida. Sheryl Crow também acerta a mão nas baladas como nas lindíssimas "Safe and sound" (numa interpretação perfeita), "Diamond Road", "It's only love" e na melhor de todas - "Weather Channel" com participação da cantora Emmylou Harris dobrando as vozes com Sheryl Crow. De arrepiar.

Black Country Communion 2 - Black Country Communion



Album - Black Country Communion 2

Artista - Black Country Communion
Ano - 2011
Como se já não bastasse ter feito o melhor disco de hard rock de 2010, a (super) banda Black Country Communion nos brinda novamente com um album ainda melhor que o primeiro. Novamente produzida pelo genial Kevin Shirley, a banda passa com louvor pelo famoso "teste do segundo disco". Jason Bonham prova neste trabalho que é um baterista diferenciado, esmurrando com fúria e talento a sua batera. O tecladista Derek Sherian tem muito mais espaço neste disco para mostrar todo o seu talento, já que no primeiro registro ele apareceu bem mais contido. E o que falar da dupla Joe Bonamassa e Glenn Hughes? O primeiro detona sua guitarra com solos maravilhosos e timbres arrebatadores em todas as faixas. Glenn Hughes, com quase 60 anos, está cantando melhor que nos tempos do Deep Purple, além de ser um excelente baixista e compositor. Tarefa difícil é destacar uma faixa num disco onde tudo é divino, mas para completar o texto destaco os petardos "The Outsider", "Man in the Middle", a zeppeliniana "Save Me", o fantástico blues "Little Secret" e a faixa que fecha o disco - "Cold". Disco candidato a eternidade!!!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Clapton - Eric Clapton




Album - Clapton
Artista- Eric Clapton
Ano- 2010
É reconfortante saber que um artista que surgiu na década de 60, ainda lança trabalhos fantásticos atualmente, 40 anos depois. "Clapton" é um desses lançamentos que enchem os fãs de satisfação e orgulho. Tudo aqui dá certo: Da brilhante produção do guitarrista Doyle Bramhall II e do próprio Clapton, passando pela escolha do (finíssimo, eclético e elegante) repertório, músicos, convidados especiais e claro; aquele timbre mágico da guitarra de Clapton, aqui um pouco econômica nos solos mas precisa em frases certeiras. A voz de Clapton está melhor do que nunca em músicas como "River Runs Deep", "How Deep is the Ocean"(com participação de Wynton Marsallis no trompete), "Can't Hold our Much Longer" e na clássica "Autumn Leaves". Sheryl Crow e Nicka Costa "emprestam" suas vozes na belíssima "Diamonds Made from Rain". Um dos melhores lançamentos de 2010 e um dos mais legais de Clapton nos últimos 10 anos.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Backstreet's Back - Backstreet Back


Álbum - Backstreet’s Back
Artista - Backstreet Boys
Ano - 1997
Quem não lembra dos Backstreet Boys não viveu nos anos 90, esses garotos foram responsáveis pela propagação do vírus que deu origem a mais de um milhão de bandas de jovens afeminados que apareciam dançando molhados em video clips de muito mau gosto. Mas apesar de eu ser completamente contra a intenção das gravadoras ao lançar bandas como essa, não posso ser estúpido e meter o malho no bom trabalho musical desses rapazes. “Backstreet’s Back” é o segundo trabalho do grupo e tem uma história no mínimo estranha, já que esse álbum foi lançado no mundo inteiro, menos nos EUA, país natal do grupo. Somente no ano seguinte essas músicas foram lançadas nos EUA em um outro álbum com o nome da banda. Os mega hits “Everybody”, “As Long As You Love Me” e “All I Have To Give” levaram o álbum a incrível marca de 28 milhões de cds vendidos e levaram milhares de meninas a loucura, pena que como um amor de verão, já não os amam mais.

Backless - Eric Clapton



Álbum - Backless
Artista - Eric Clapton
Ano - 1978
Entra tantos trabalhos incríveis do mestre Clapton, dificilmente alguém vai erguer a voz para dizer que “Backless” é um de seus melhores trabalhos. Mas isso não faz o álbum perder sua nobreza, apenas faz desse material um ótimo “lado B” para os admiradores desse indiscutível mago. Apesar da colaboração de Bob Dylan em duas composições é exatamente nesse ponto que o álbum mostra sua fraqueza, porque nas guitarras tudo continua como sempre, do maravilhoso ao espetacular, principalmente em faixas como “Early In The Morning”, “Promisses”, “Golden Ring” e “Tulsa Time”. Mas vale lembrar que nesse período onde a grande massa estava encantada com os falsetes do Bee Gees e as performances do John Travolta, Eric se mantinha firme na estrada do blues. 

As Time Goes By - The Great American Songbook Vol II - Rod Stewart


Álbum - As Time Goes By - The Great American Songbook Vol II
Artista - Rod Stewart
Ano - 2003
Em “As Time Goes By”, Rod dá continuidade a sua bem sucedida investida em canções de jazz e nos deixa na dúvida de qual é o principal elemento do sucesso, será que o seu segredo está no maravilhoso repertório, que conta com os clássicos “Someone to Watch Over Me”, “Crazy She Calls Me”, “My favourite Things” e muitas outras?, Ou será que está no alto nível da produção de belíssimos arranjos que enchem os olhos até mesmos dos amantes da velha guarda do jazz?, Ou então o mérito está no canário que empresta sua voz ímpar a um estilo de música que ainda encanta pessoas de todas as idades? Em meio a tantas perguntas fica a sensação de que o “sessentão” Rod Stewart ainda tem muito para nos impressionar. O álbum ainda conta com a participação da diva Cher e de Queen Latifah, e também pode ser encontrado com três faixas extras na versão japonesa. Assim como o volume 1, imprescindível em qualquer coleção.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Band of Joy - Robert Plant



Album - Band of Joy
Artista - Robert Plant
Ano - 2010
Band of Joy era o nome da banda que Robert Plant atuou, junto com o baterista John Bonham, antes de entrar para o Led Zeppelin e é também o nome de um dos melhores discos de sua carreira solo. Com um repertório escolhido a dedo e repleto de deliciosos "lados b" e blues-grass de outros compositores, Robert Plant mais uma vez acerta em tudo. A faixa de abertura é do repertório da banda Los Lobos e sem dúvida, a melhor do album que só tem coisa fina como "Silver Rider" (outra jóia rara), "Tho Only Sound That Matter" (belíssima balada), a enigmática "Monkey" e "Satan Your Kingdom Must Come Down". A única que leva a assinatura de Plant (junto com Buddy Miller) é "Central Two O Nine" que poderia perfeitamente se encaixar no repertório acústico do Zeppelin. Band of Joy é um daqueles discos que a gente ouve com um imenso prazer do começo ao fim. Um dos melhores lançamentos de 2010!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Acústico MTV - Lobão



Album - Acústico MTV
Artista - Lobão
Ano - 2007
Mais um lançamento da série "Acústico MTV" , que levantou a carreira de muito artista brasileiro, temos aqui o genial e inquieto Lobão fazendo um belíssimo disco ao vivo e fugindo, espertamente, de fazer o óbvio e ficar só nos sucessos. O balanço entre hits e as mais desconhecidas do grande público, está na medida certa. A prova disso é que ele colocou 4 músicas no set-list do seu primeiro disco independente, o ótimo "A Vida é Doce". São elas: A pesada faixa de abertura "El Desdichado II", "Pra onde você vai", "A Vida é Doce" e "Vou te levar". Do seu segundo disco-"Ronaldo foi pra guerra", Lobão recupera e injeta peso em "Bambina" e "Me Chama". Da parceria com Júlio Barroso temos uma releitura muito boa de "Noite e Dia" e "Quente", para matar a saudade. Pena que nesses dias de download este belo disco tenha vendido muito pouco. Merecia um destaque muito maior na mídia.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Battlefield - Jordin Sparks


Álbum - Battlefield
Artista - Jordin Sparks
Ano - 2009
Jordin Sparks ainda não despontou um mega hit no Brasil, isso é uma pena, já que seu talento foi mais que comprovado em performances do American Idol e em seus dois álbuns solos. “Battlefield” é o seu segundo álbum e ainda não chega a ser uma obra prima, mas também não apaga a chama de que Jordin em breve o fará. Essa jovem com apenas vinte um anos transita entre as melhores vozes da música pop atual, mas ainda não encontrou uma composição a altura, ou ainda não está totalmente a vontade no estilo que atua. Apesar disso algumas boas músicas se destacam como “Don’t Let It Go To Your Head”, “No Parade”, “Faith”, “Papercut” e na minha preferida “Let It Rain”. Para os que gostam de acompanhar os verdadeiros talentos, Jordin é uma peça rara que merece toda a nossa atenção.

quinta-feira, 3 de março de 2011

August - Eric Clapton


Álbum - August
Artista - Eric Clapton
Ano - 1986
Infinitamente melhor que o anterior “Behind The Sun”, “August” ainda carrega fortes traços do anos oitenta recheados de sintetizadores e poucos momentos de blues raiz. Mas mesmo assim Clapton detona com solos inesquecíveis como na clássica “Miss You” e nas belas baladas como “Holy Mother”. Uma seleção dos melhores músicos da época deixou sua marca nas faixas e fica impossível não notar o brilho dessas estrelas no decorrer das músicas. Michael Brecker, Greg Phillinganes, Nathan East, Phil Collins como músico e produtor associado ao veterano Tom Dowd, e a Tina Turner são alguns dos nomes que estão nessa ficha técnica. Apesar dos tantos acertos,  “August”, tem um pequeno vacilo que me afasta dessa fase de Clapton, faltou blues, e com a vinda de “Journeyman”, três anos depois, mostrou que não era só eu que me sentia assim.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Atlantic Crossing - Rod Stewart


Álbum - Atlantic Crossing
Artista - Rod Stewart
Ano - 1975
“Atlantic Crossing” ficou marcado pelas faixas “I Don’t Wanna Talk About It” e “Sailing”, que se firmaram como hinos da década de setenta. Esse álbum é a prova de que não existem formulas predeterminadas para que um álbum chegue aos mais altos níveis de sucesso, na versão LP de vinil, as faixas de rock ficam no lado A, e as baladas no lado B, e o álbum também trás mixagens, no mínimo, desleixadas, cheias de ruídos e com o baixo altíssimo como em “It’s Not The Spotlight”. Com a produção do veterano Tom Dowd, a participação do escudeiro Ron Wood, e excelentes músicos, de tudo isso, o que mais impressiona ainda é a interpretação inspirada de Rod, que mesmo se fosse voz e violão, seria o mesmo sucesso.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cherry Pie - Warrant


Álbum - Cherry Pie
Artista - Warrant
Ano - 1990
Em “Cherry Pie” corre o boato de que as guitarras foram gravadas pelo produtor Mike Slamer e outros participantes. Porém é difícil acreditar que os competentes guitarristas Erik Turner e Joey Allen não fizessem questão de colocar seus dedos no trabalho que empurraria a banda para o topo das paradas. Mas é notório que o guitarrista do Poison C.C. Deville gravou o solo da faixa título. O que será que os impediu de gravar? Muitas mulheres? Muitas drogas? Acho que é foi a primeira vez que vejo isso em um álbum de rock sem que esteja havendo uma substituição do integrante. Consegue imaginar um solo do Randy Rhoads no álbum do Iron Maiden? Mas por outro lado, “Cherry Pie” é um álbum chave no maior momento do hard rock americano, atingiu os maiores resultados da banda e deixou pelo menos três mega-hits “Cherry Pie”, “I Saw Red” e a magnífica “Uncle Tom’s Cabin”. Outras faixas a serem destacadas são “Blind Faith” e “Mr. Rainmaker”, que ao vivo, mostram o poder de fogo do bom vocalista Jani Lane.

Animal Magnetism - Scorpions


Álbum - Animal Magnetism
Artista - Scorpions
Ano - 1980
“Animal Magnetism” não ficou consagrado como um clássico da segunda fase da banda, também pudera, quando pouco tempo depois a banda lançou os aclamados “Blackout” e “Love At First Sting”, e, “Lovedrive”, que já havia apresentado a categoria do guitarrista Mathias Jabbs com grandes composições que ajudam a empurrar “Animal Magnetism” para o fim da fila dos meus álbuns preferidos dos escorpiões. E assim fica fácil mensurar o tamanho dessa gigante e poderosa banda, quando em um dos seus álbuns menos importantes tem faixas como “Only A Man”, “Lady Starlight”, “Make It Real” e “The Zoo”, esta última com certeza é uma das faixas mais marcantes da minha vida com suas lindas guitarras distorcidas.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aftermath - The Rolling Stones


Álbum Aftermath
Artista - The Rolling Stones
Ano - 1966
“Aftermath” foi o primeiro álbum da banda gravado totalmente no EUA e foi o primeiro álbum só com músicas compostas pela dupla Jagger e Richards. Mas o que salta aos ouvidos nesse momento da banda, é a participação de Brian Jones, que se faz muito presente tocando diversos instrumentos exóticos como Appalachian Dulcimer, Sitar e Sinos e dando uma notável contribuição como bluesman tocando slide guitar e harmonica. Algumas músicas como, “Lady Jane”, “Under My Tumb” e “Paint It Black” viraram clássicos indispensáveis para qualquer fã da primeira fase da banda e dispensam maiores apresentações, mas vale muito a pena dar atenção para  faixas menos divulgadas como o blues “High And Dry”, a balada “I Am Waiting” e a faixa de onze minutos “Going Home”.