segunda-feira, 31 de agosto de 2009

American Idiot - Green Day

Artista - Green Day

Álbum - American Idiot

Ano 2004


Felizmente não encontrei nenhuma afirmação do jovem Billy Joe confirmando o que parece ser a vontade de fãs inflamados, de que “American Idiot” seja uma ópera rock. Como assim? Então devo colocar esse cd ao lado do “The Wall” e “Jesus Christ Superstar”? Isso pra mim seria como colocar Zeca Pagodinho junto de Richard Wagner, não faz sentido. Como pop-punk é brilhante, e eleva o padrão de produção e conceito num estilo que tem como caracteristica a não adequação e a negação ao esmero. “American Idiot”e “Jesus of Suburbia” sem destacam, e surgem como uma bomba para os bem educados adoslescentes americanos. “Wake Me Up When September Ends” coloca a banda em um paradoxo, de quem é contra o sistema, e de quem quer ser top com vídeos de alta rotatividade nas MTVs. Mas, como a própria letra diz “Somos dementes ou perturbados?” pois não consigo compreender ao certo. Só espero que as Spice Girls não apareçam de rock progressivo, nem os Backstreet boys com músicas sobre política econômica.

LIttle Ain't Enough, A - David Lee Roth

Artista - David Lee Roth

Album - A Little Ain't Enough

Ano - 1990


David Lee Roth sempre foi sinônimo de festa e alegria regadas com o bom e velho rock and roll, e este seu primeiro album da década de 90 não me deixa mentir. Depois dos ótimos trabalhos anteriores, DLR contrata o novo gênio da guitarra, o jovem Jason Becker, para ocupar o lugar de Steve Vai, que preferiu largar a banda. E a mudança foi mais do que positiva pois apesar de Becker ser co-autor em apenas 2 músicas no album, ele pegou muito bem o espírito de som que David Lee Roth fez nos trabalhos solos e nos tempos de Van Halen. O album abre á toda com a ótima faixa-título seguida da festeira "Shoot It" com naipe de metais incêndiando o disco. O nível continua no alto com as maravilhosas "Lady Luck", "40 Bellow" "Last Call" entre outras. O disco foi produzido pelo Rei de Midas do rock, Bob Rock e também contou com Steve Hunter nas guitarras, Brett Tuggle nos teclados, Greg e Matt Bissonette, respectivamente bateria e baixo. Com um time desses, com um produtor desse calibre e principalmente com David Lee Roth inspiradíssimo, não tem como dar errado. Disco pra ouvir no volume máximo!!!

*a nota triste foi que durante a gravação deste album, o guitarrista Jason Becker teve uma doença neurodegenerativa e nunca mais se recuperou.

Momentary Lapse of Reason, A - Pink Floyd

Artista - Pink Floyd

Album - A Momentary Lapse of Reason

Ano - 1987


Existe vida em Marte? E vida sexual após o casamento? Existe Pink Floyd sem Roger Waters na banda? Se dependesse de A Momentary Lapse of Reason, a resposta, com certeza, seria não. O disco, lançado em 1987, conta com um ótimo elenco de músicos, a começar pelo super-herói das produções Bob Ezrin, nos teclados e dividindo a produção com o próprio David Gilmour, além de Carminie Appice na bateria, Tony Levin no baixo, Tom Scott e Scott Page nos saxs. E claro, além de Gilmour, outros 2 membros do Pink Floyd, Nick Mason e Rick Wright. Apesar dessa turma toda, o disco peca pelo principal: Músicas inspiradas. Os sons de teclados também são bem chatos e enjoativos, e infelizmente comandam os arranjos do album. E nem é culpa de Rick Wright, já ele quase não participou das gravações, se limitando a uma participação mais do que discreta. Mesmo assim o disco vendeu horrores na Europa e nos EUA, e pelo menos 3 músicas fizeram bastante sucesso nos shows: The Dogs of War, Learning to Flay e Yet Another Movie. Mas afinal, existe vida após a morte?

American Fool - John Mellecamp

Artista - John Mellecamp

Álbum - American Fool

Ano - 1982


John Mellecamp está na esquina da transição de várias tendências, como se fosse um irmão mais novo de Bruce Springsteen e Tom Petty, expoe as feridas da cultura americana em suas letras, cantando o cotidiano de expectativas e frustações de toda uma juventude “Hold on to 16 as long as you can”. Mas, por um outro lado trás uma nova mistura do country e do folk com o peso das batidas de Ken Aronoff, guitarras com drives e vocais rasgados. O álbum abre com “Hurts So Good” grande sucesso que alavancou todo álbum, trazendo a atenção da crítica que até então não havia se interessado. Porém, “Jack e Diane” é o grande momento de todo o seu trabalho, e antecipa a chegada de uma nova geração de artistas de Jon Bon Jovi até Melissa Ethreridge que absorveram seu jeito de cantar e compor e até mesmo seus arranjos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Astral Weeks - Van Morrison


Artista - Van Morrison
Album -Astral Weeks
Ano - 1968
Qualquer lista de "Top 5", ou "Top 10" é uma bobagem, mas no fundo todo mundo gosta e faz a sua. Astral Weeks foi lançado em 1968 e até hoje figura em qualquer lista dessas. Não é á toa, o disco é bom pacas e merece destaque. Van Morrison nasceu em Belfast, Irlanda, mas seu som sempre esteve direcionado para o blues e o R&B americano, e foi lá, na América,NY, que esse disco foi gravado, quase de improviso, em apenas 3 sessões com músicos de estúdio, entre eles, o baterista Connie Kay do Modern Jazz Quartet e o baixista Richard Davis. Antes dessa obra-prima, que por incrível que pareça vendeu pouco na época, Van Morrison já tinha sentido o gosto do sucesso com a banda "Then" que teve um mega-hit "Gloria" executada em todos os cantos da Europa, mas foi com Astral Weeks que Van Morrison foi elevado na posição de gênio. E olha que o melhor disco dele ainda estava por vir, mas isso é assunto pra outro dia. *Recentemente, VM lançou um álbum e um dvd com todas as músicas de Astral Weeks ao vivo. Se vc não tem nenhuma versão e está na dúvida se compra o original, o disco ao vivo, ou o dvd, venda as calças, a mãe e a sogra e compre os 3.



Addiction - Glenn Hughes

Artista - Glenn Hughes

Album - Addiction

Ano - 1996


Glenn Hughes, segundo ele mesmo, teve que apelar para ajuda divina para se livrar do vício da cocaína e outros males, mas neste disco, embora livre e limpo de tudo, o cara está com o diabo no corpo e principalmente na voz. Disparado, Addiction é o seu trabalho mais pesado. Divinamente produzido por Marc Bonilla, que tb toca guitarra e teclados, Michael Scott e pelo próprio Hughes, Addiction é uma obra-prima perdida dos anos 90. Os timbres das guitarras e, principalmente da bateria, é a grande sacada da produção desse disco. Além de Bonilla na guitarra, temos aqui a estréia de J.J. Marsh, que a partir desse disco se tornou músico e co-autor da maioria do repertório de GH. E que estréia! E as baquetas ficaram por conta do ótimo Joe Travers, além de Hughes no baixo e em todas as vozes, é claro. Fica até difícil destacar alguma música no meio de tanta coisa boa, mas sem dúvida nenhuma, "The Death of Me" e "Down", que abrem o disco,a faixa título e "Justifie Man, deveriam fazer parte de todos os shows de Hughes." Talk About it" é uma balada cheia de distorção e peso e de letra simples e direta de Hughes. E o disco fecha de forma mais tranquila com a épica "I Don't Want to Live That Way Again". Disco obrigatório pra quem gosta de peso e melodia.

After Hours - Gary Moore

Artista - Gary Moore

Álbum - After Hours

Ano - 1992


Dois anos depois do mega-sucesso "Still Got the Blues", Gary Moore deu continuidade ao seu lado blues e lançou o ótimo "After Hours", que está no mesmo nível do anterior. O disco parece mesmo uma continuação de SGTB, e começa a mil com "Cold day in Hell", seguida de "Don't you lie on me" Segue-se com "History of the Blues" e "Since I meet you baby", com participação do mestre B.B.King nos vocais e guitarra, para então entrar a melhor do álbum: "Separate Ways", uma balada pra fazer qualquer campeão de Vale-Tudo derramar rios de lágrimas, soluçar e pedir arrego. Além dessa, outra jóia do disco é "Key to Love", clássico de John Mayall and Heartbreaks, numa versão de deixar o autor orgulhoso. Outro destaque desse disco é o time de músicos que além do amigo de longa data de Moore, Tommy Eire nos teclados, temos: Angon Fig e Grahn Walker na bateria, Bob Daisley (ex-Uriah Heep, Rainbow, Ozzy Ousborne) e o monstro sagrado - Will Lee, também nas 4 cordas. Infelizmente, o mercado americano não deu muita bola pra esse disco maravilhoso, da primeira á última faixa.

Alma Caribeña - Gloria Estefan

Artista: Gloria Estefan

Álbum: Alma Caribeña

Ano: 2000


“Alma Caribeña” é o terceiro álbum cantado em espanhol da cantora. O diferencial é que neste não são apenas canções cubanas como os populares “Mi Tierra” e “Abriendo Puertas”. Neste álbum Gloria Estefan faz um grande mix de estilos caribenhos passando por boleros, salsas, murgas e outros, tudo com a magnífica qualidade de produção de seu amado companheiro Emilio Estefan Jr. Os detaques são “Por Un Beso”, Como Me Duele Perderte”, “Me Voy” e “No Me Dejes De Querer”, esta última ainda conta com um remix para pista no melhor padrão da cantora. Apesar de ser um grande álbum, com a mais alta casta de músicos latinos, “Alma Caribeña” não foi tão surpreendente inovador e não chegará a marcar a história como seu antecessor de 1993 “Mi Tierra”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Allied Forces - Triumph

Artista: Triumph

Álbum: Allied Forces

Ano: 1981


Uma banda pode até entrar para a história com apenas um single hit, mas o que faz uma banda uma lenda é quando ela consegue fazer álbuns de qualidade que possam acompanhar seus fãs por toda vida. “Allied Forces” invade os anos 80 com ares de nova tendência, porém com a categoria do melhor dos anos 70. Grandes solos de guitarra com muita melodia e têcnica, timbre poderoso de bateria com viradas e levadas de alto nível. Destaque para “Magic Power” , com seu apelo melódico muito bem interpretado por Rick Emmet no vocal e na guitarra. “Allied Force”, “Ordinary Man” e “Fight The Good Fight” também fazem parte desse respeitavel álbum que tem seu lugar certo na história do rock.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

All World's a Stage - Rush

Artista: Rush

Álbum: All World’s A Stage

Ano: 1976


Na grande década dos álbuns ao vivo, o Rush não conseguiu o mesmo suceeso com “All World’s a Stage” que bandas da mesma época como Kiss e Peter Frampton, que quebraram records de venda com seus álbuns. Porém conseguiu um feito que esses não conseguiram, manter o futuro em ascenção. O álbum, de 1976, têm grandes faixas do momento hard rock da banda, com vocais nervosos e guitarras bem altas, gravadas de um jeito que parece que estamos nas primeiras fileiras. “Anthem”, “Fly By Night”, “2112 Overture - The Temple of Syrinx” e “Working Man” se destacam, e deixam pra memória momentos inesquecíveis do Rickenbacker de Geddy Lee e o solo de bateria de Neil Peart.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

All That We Let In

Artista: Indigo Girls

Álbum: All That We Let In

Ano: 2004


Quinze anos após a estréia da dupla, “All That WeLet In” é uma feliz continuidade da impecavel carreira musical de Amy Ray e Emily Sailiers. O álbum trás arranjos mais simples que de outros álbuns mais antigos, mas isso não diminuiu a qualidade do trabalho, mostra a beleza das composições em sua raiz. “All That We Let In”, “Tether” e “Cordova” se destacam, trazendo uma beleza que não se encontra em outros artistas do mesmo seguimento. Indigo Girls tem caracteristicas próprias e não tem nenhum outro artista que misture poesias de amor, raiva e vida de forma parecida. É lindo demais!


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

All I Ever Wanted - Kelly Clarkson

Artista: Kelly Clarkson

Álbum: All I Ever Wanted

Ano:2009


“All I Ever Wanted” é um verdadeiro álbum de pop rock. Todas as músicas podem virar grandes single-hits e estourarem mundo afora. Porém a jovem talentosa Kelly Clarkson se volta para um álbum menos elaborado músicalmente, abandonando mega bandas com orquestras e texturas mais adultas. As músicas são fortes, e o que impressiona realmente é a energia do vocal. Apesar da aparência de gatinha, Kelly Clarkson grita como um verdadeiro leão, lembrando Janis Joplin e grandes vocalistas de hard rock como Steven Tyler. “Cry” e “If No One Will Listen” se destacam como as belas baladas e, “Don’t Let Me Stop You” e “Whyyawannabringmedown” têm interpretações que fazem dela a única verdadeira roqueira da geração dela.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

All Hope is Gone - Slipknot

Artista: Slipknot

Álbum: All Hope is Gone

Ano: 2008


Sim! Estou preparado para a hora da minha vida. “All Hope is Gone” elevou os padrões do nu-metal, trazendo o peso da banda ao mainstream do rock n roll . Excelente produção de Dave Fortman, que modernizou a agressividade da banda com influências desde Slayer, passando por Alice in Chains, Sepultura e Marilyn Manson. “Psychosocial”, “Gematria (The Killing Name)”, “Vendetta” e “All Hope is Gone” são as faixas de destaque, com a incrível participação do baterista #1 Joey Jordison. O álbum recebeu os merecidos premios da revista inglesa Kerrang! de “Melhor Banda Ao Vivo” e “Melhor Banda Internacional” e a indicação de “Melhor Performance de Metal” no 51st Grammy Awards. Certamente um dos melhores álbuns do genero do nosso século.