segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Blues Cration, The - Blues Creation


Álbum - Blues Creation, The
Artista - Blues Creation
Ano - 1969
Hoje em dia, a visão que se tem do alternativo é de cabelos despenteados, roupas bizarras e atitudes delinquentes. Porém, nada foi mas alternativo que uma banda japonesa em 1969 tocando blues, “Blues Creation” chutou a porta do padrão e deixou uma peça rara para a história. Cantando clássicos do blues como “Stepping Out”, “Double Crossin’ Time”, “Rollin’ and Tumblin”, “All Your Love” entre outros, em uma produção de baixo orçamento, pelo menos o quarteto deixou marcado suas influências e seu amor ao blues. É lógico que não se deve esperar novos Howlin’ Wolf e Bo Diddley, assim como não esperaria ouvir uma boa banda de pagode da Indonésia. Mas nesse caso o que vale é a intenção. Blues Creation é no mínimo uma grande história para uma produção cinematográfica, pois quem não gostaria de saber o que aconteceu com essas figuras tão alternativas?

Breaking The Chains - Dokken


Álbum - Breaking The Chains
Artista - Dokken
Ano - 1983
Se perguntarem se eu curti as bandas espalhafatosas dos anos 80, respondo que sim. Se perguntarem se eu curti Dokken, respondo com certeza. Mas, se perguntarem se eu gosto do álbum “Breaking The Chains”, respondo, não, acho muito ruim. “Breaking The Chains” é um álbum mal acabado, com vocais muito inferiores aos álbuns sequentes, com canções fracas e bobas comparado as outras bandas da época, esse deve ser o pior trabalho da banda, muito mal produzido, até a capa é a horrível.  Só mesmo George Lynch, que é um herói da guitarra, causou boa impressão mesmo assim é o seu pior momento com certeza. Graças a faixa título e “Paris Is Burning” até hoje não joguei esse cd no lixo. Desculpe os seguidores cegos e enlouquecidos pela banda, podem fazer sua macumba contra mim, mas eu juro que eu tentei...

Blood Sugar Sex Magik - Red Hot Chili Peppers


Álbum - Blood Sugar Sex Magik
Artista - Red Hot Chili Peppers
Ano - 1991
Quando se fala em Red Hot Chili Peppers, sempre alguém se infla e fala o quanto o guitarrista é criativo, das boas levadas da bateria e principalmente do estilo original do baixista, isso é verdade, e eu não nego. Mas, infelizmente ninguém fala da chatice que é o vocalista, “Blood Sugar Sex Magik” é realmente a obra prima da banda, que nunca mais conseguiu repetir o feito. O álbum tem boas influências que variam do funk, punk, psicodélico indo até o rock, e tem boas canções como “Suck My Kiss”, “Breaking The Girl”, “Give It Away” e “Under The Bridge”, que ganham ainda mais vida quando apreciadas com as bizarrices performáticas do grupo. Sem se levar muito a sério, a glória do sucesso da banda está na mistura sem preconceitos de estilos musicas com rebeldia e bom humor.

Boy Meets Girl - Sammy Davis Jr. & Carmem McRae


Álbum - Boy Meets Girl
Artista - Sammy Davis Jr. & Carmem McRae
Ano - 1957
Esse deve ser o álbum mais antigo da minha coleção. Não sou um profundo conhecedor do jazz dos anos cinquenta, mas esse deve ser, sem dúvida, um dos álbuns de maiores sucessos da época. Relançado pela Verve em 2005, como uma compilação da dupla e originalmente lançado pela Decca em 1957 “Boy Meets Girl” tem canções consagradas de compositores geniais como, Cole Porter, Richard Rodgers, Ira Gershwin e Oscar Hammerstein II, muito bem interpretadas com muito bom humor e muito romance. Sammy Davis foi um dos maiores artistas de sua época, e não sou eu que digo isso, foi Sinatra que disse. “Baby It’s Cold Outside” e “People Will Say We’re In Love” e “Cheek To Cheek”, apesar de tantas versões, pra mim, estas serão as versões definitivas dessas músicas. Acompanhados de uma super orquestra conduzida por Jack Pieis, Mort Stevens e Buddy Bregman “Boy Meets Girls”, é uma autêntica obra para ser passada de pai pra filho e nunca ser esquecida.



Bump Ahead - Mr. Big


Álbum - Bump Ahead
Artista - Mr. Big
Ano - 1993
“Bump Ahead” teria se saído melhor se fosse lançado pelo menos cinco anos antes, quando as bandas do momento tentavam fazer esse som mas não conseguiam devido a falta de componentes competentes. Nesse momento da história do rock, o grunge já havia feito estragos suficientes para que o hard rock de L.A. saísse do interesse, e o que todas as bandas já estavam fazendo para se ajustar a nova moda, cantar temas depressivos, eliminar solos e atitudes virtuosas e usar de melodias toscas e infantis, realmente, isso os craques do Mr.Big não merecem fazer. Mas pra quem não está interessado nos passos da moda, “Bump Ahead” tem muito a oferecer, “Colorado Bulldog” é uma ótima abertura no melhor estilo Van Halen, a versão de “Wild World” de Cat Stevens foi uma feliz escolha e ficou muito boa com a destacável linha de baixo do mestre Sheehan, que brilha também na intro de “Mr. Gone”. E para quem é fã só das “baladinhas”, o álbum ainda conta com as belas “Promise Her The Moon” e “Nothing But Love”. Agora para os desavisados, o guitarrista Paul Gilbert deixa qualquer guitarrista de cabelo em pé com sua capacidade técnica e sua criatividade, sem precisar usar spray ou laquê.

domingo, 24 de outubro de 2010

Bridges To Babylon - The Rolling Stones


Álbum - Bridges To Babylon
Artista - The Rolling Stones
Ano - 1997
Nos anos noventa, os Stones deixaram menos de trinta músicas para curtirmos, mas para compensar, suas mega apresentações cruzaram o mundo e deixaram grandes recordações. “Bridges To Babylon” não ganhou grammys, não ficou em primeiro lugar nas paradas, e com certeza não foi tão bom quanto o seu predecessor “Voodoo Lounge”. Não que isso interfira na minha impressão sobre o trabalho, porque Stones é Stones e nunca irão nos decepcionar. “Anybody Seen My Baby?”, “Saint Of Me”, “Out Of Control” e “Already Over Me” têm a magia dos compositores, a química dos integrantes, a originalidade do argumento, e, acima de tudo, uma qualidade de gravação muito acima dos outros trabalhos, o som do cd é realmente incrível, graças a produção de Don Was and The Glimmer Twins agora com Robi Fraboni, Danny Saber, Pierre de Beauport e The Dust Brother.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bring Ya To The Brink - Cyndi Lauper


Álbum - Bring Ya To The Brink
Artista - Cyndi Lauper
Ano - 2008
“Bring Ya To The Brink” é o décimo álbum de Cyndi, que mais uma vez muda de estilo. Mesmo cheio de instrumentos retro dos anos oitenta tais como drum machines e synths de nada se parece com suas investidas new wave do começo. Agora Cyndi toca direto no coração dos fans da dance music e novamente reluz com performances de alto nível.Mesmo não sendo um álbum tão sofisticado como ela vinha fazendo, para os fans da diva poder escutar toda a originalidade e estilo transitando em outras praias e criando novos hits como “Into The Nightlife”, “Same Ol’ Story”, “Echo” e a minha preferida “High & Mighty” é tão gratificante quanto para os fans do estilo que contam com uma das mais deslumbrantes e geniais artistas da geração oitenta. Também vale destacar a faixa que fecha o album “Can’t Breath” que é uma das mais belas baladas da história da cantora, com uma interpretação que pouquíssimas cantoras, pra não dizer nenhuma, conseguem fazer.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brian Setzer Orchestra, The - The Brian Setzer Orchestra


Álbum - Brian Setzer Orchestra, The
Artista - The Brian Setzer Orchestra
Ano - 1994
Brian Setzer supera qualquer expectativa em sua estreia com sua orquestra, e faz um álbum magnífico ao lado de  vinte músicos de primeira linha. Setzer  mostra não ser só um guitarrista literalmente fora de série, como um vocalista iluminado, e suas  músicas passam fácil para as preferidas se tornando as novas versões de clássicos consagrados como “Route 66”, “A Nightingale Sang In Berkeely Square” e “Brand New Cadillac”, ou as faixas inéditas que parecem músicas que participaram do auge dos anos 50 como “Lady Luck”, “Drink That Bottle Down” e “September Skies”. Desde a aparição de Stevie Ray Vaughan no começo dos 80, somente Brian Setzer conseguiu me causar o mesmo impacto reinventando o que parecia solidificado no passado, e mais, fazendo apresentações avassaladoras pelo mundo mostrou o que talvez somente um em um bilhão (no mínimo) poderia fazer. 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bombay Dreams - A.R.Rahman


Álbum - Bombay Dreams
Artista - A.R.Rahman
Ano - 2002
Tudo que tem a marca Really Usefull, do compositor Andrew Lloyd Webber, já me faz ter um respeito e um interesse diferenciado. Lloyd Webber dessa vez não participa como compositor mas como produtor executivo, e coloca A.R.Raman no topo das atenções do mundo. O enredo baseado no romance de um ator indiano tentando o estrelato em Bollywood, não atrai tanto quanto as sonoridades e melodias. Raman surpreende com ótimas composições muito bem arranjadas como "Love’s Never Easy", "Like An Eagle" e "Ooh La La La", mostrando total dominio da música pop e de sua música natal. Mas, vale destacar também o magnífico arranjo de cordas em "Salaam Bombay" e a melodia de "Only Love" muito autêntica. O álbum conta com London Session Orchestra, tornando "Bombay Dreams" uma obra de arte de primeira categoria. 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Brothers and Sisters - Allman Brothers

Album - Brothers and Sisters
Artista - Allman Brothers
Ano - 1973

A banda Allman Brothers passou por maus bocados a partir de 1971 com a morte de seu líder e genial guitarrista Duane Allman. Um ano depoi foi a vez do não menos genial baixista Berry Oakley falecer. Ambos em acidentes de moto e praticamente no mesmo local. Quem acreditaria que a banda conseguiria reunir forças para continuar junta, se apresentando e gravando? Provavelmente ninguém, mas eles arrumaram forças, sabe-se lá como e de onde, e gravaram um disco inacreditavelmente fantástico. "BAS" abre com o rockão "Wasted Words" de Gregg Allman e emenda no maior hit da banda até hoje: "Ramblin' man", composição do substituto de Duanne, Dickey Betts que além dessa, compôs outras maravilhas como "Southbound", "Ponny Boy" e mais uma clássica e absoluta da banda: a instrumental "Jessica" que fazia a banda deitar e rolar nos improvisos nas apresentações ao vivo. O substituto do baixista Berry Oakley ( que chegou a gravar duas músicas antes de falecer: "Wasted Words" e "Ramblin' man") foi Lamar Willians, contribuindo de forma brilhante com o restante do album. A capa também vale o registro com uma belíssima fotografia de um menino, e na contra capa, uma menina. Disco obrigatório

Brainwashed - George Harrison

Album - Brainwashed
Artista - George Harrison
Ano - 2002



George Harrison faleceu antes de completar este belíssimo album chamado "Brainwashed". Mas quem tem bons, e principalmente talentosos amigos pode descansar em paz; pois a concepção, produção e arranjos finais ficaram por conta do genial Jeff Lynne (guitarra elétrica e acústica, teclados, baixo) e por Danhi (guitarra acústica e elétrica), filho do próprio Harrison. O album figura tranquilamente entre os melhores trabalhos solos do ex-Beatle, e é uma sequência natural de "Cloud Nine", o elogiadíssimo disco anterior. Prá quem gosta de solos de guitarra com slide, "Brainwashed" é um prato bem servido, com Harrison usando e abusando da sua técnica singular em maravilhosas canções como "Any Road", "Looking for my life", "Rising sun", "Vatican blues" e principalmente na instrumental "Marwa blues" carregada de muita emoção. Na faixa título quem aparece é Jon Lord, ex-Deep Purple, no piano. O instrumento Ukelele está na maior moda atualmente, e foi Harrison quem o "apresentou" para a música pop, e ele aparece em "Between the devil and the deep blue blue sea" que poderia estar no disco "Abbey Road", pois tem cheiro e alma da fase final dos Beatles. Ótimo trabalho que infelizmente foi o derradeiro desse genial artista.