Ashes Are Burning - Renaissance

Álbum - Ashes Are Burning

Artista - Renaissance

Ano - 1973

É lógico que “Ashes Are Burning” tem qualidades músicais indiscutíveis, suas composições misturam rock e folclore com muitos elementos do erudito, e soam multiétnicas e atemporais. O solo de baixo de Jon Camp em “Ashes Are Burning”, e o muito bem planejado arranjo de “Can You Understand” merecem o devido destaque. Mas entre tantos elementos magníficos, é de se impressionar que algo ainda pudesse sobressair, o mágico e cristalino vocal de Annie Haslam fez das canções “Let It Grow”, “Carpet Of The Sun” e “AT The Harbour” ícones de beleza, e até hoje são capazes de comover os verdadeiros amantes de música. Escute esse álbum nos dias de hoje e se pergunte, que artista ou banda do século XXI seria capaz de cria-lo ou ao menos reproduzi-lo?

Around The World In A Day - Prince & The Revolution

Álbum - Around The World In A Day

Ártista - Prince & The Revolution

Ano - 1985

É muito comum após um álbum de sucesso um artista não conseguir repetir a dose. Mas para Prince não existem regras. “Around the World in a Day” realmente não conseguiu repetir as vendas de “Purple Rain”, mas não deixou de ser uma obra de arte com a assinatura de um músico do mais alto nível. O álbum começa bem com a música título muito bem arranjada, e segue com a empolgante “Paisley Park”, mas na balada “Condition of The Heart” que o gênio aflora, tudo muito preciso registrando uma das suas melhores perfomances. “Raspberry Beret” é o mega hit do álbum e puxa uma serie de músicas energéticas e dançantes como “Tamborine”, “Pop Life” e “America” com o destaque para a baterista Sheila E. “The Ladder” e “Temptation” fecham com chave de ouro a complexa e audaciosa obra do mega astro. O álbum é ótimo, porém não é o primeiro álbum que eu indicaria para um novato em Prince, mas com certeza é uma boa recomendação para simpatizantes ou para quem já conhece outros álbuns do artista.

Are You Experienced? - The Jimi Hendrix Experience

Álbum - Are You Experienced?

Artista - The Jimi Hendrix Experience

Ano - 1967

E assim o maior ícone da guitarra começava sua prodigiosa carreira. “Purple Haze” chega mostrando novos horizontes que se abriam para um novo blues, Jimi Hendrix chega como um guitarrista turbinado rodando muito mais rápido que qualquer outro no seu segmento. Alias, um segmento que é só seu até os dias de hoje. Seus dedos “fenderes” estão maravilhosos nos clássicos “Manic Depression”, “Hey Joe”, Fire”, “Third Stone From The Sun”, “Foxey Lady” e “The Wind Cries Mary”, essas canções que influenciaram os mais diversos artistas de tantos segmentos diferentes, misturando grooves de R&B, muito drive na guitarra, efeitos psicodélicos, com letras viajantes regadas de caracteristicas hippies. A experiência que tenho com esse álbum é de ouvi-lo em todas mídias que já foram lançadas, desde a fita K7, vinil, cd, cd remasterizado, mp3,... e assim continuarei com todas as que vierem no futuro.

Appetite For Destruction - Guns N' Roses

Álbum - Appetite for Destruction

Artista - Guns N’ Roses

Ano - 1987

Sem dúvida nenhuma uma obra prima. Apesar de acreditar que o rock deva ser antes de tudo descompromissado com medidas e regras, “Appetite for Destruction” mostrou a medida certa de todos os elementos fundamentais do rock n’ roll como, guitarras distorcida e altas, solos e riffs iluminados, letras agressivas e mal educadas, somado com o vocal sensacional de Axl Rose. Todas as músicas são f$%@# e colocoram a banda no topo do mundo merecidamente e ainda abriram um gigantesco espaço no mundo do rock criando milhares de novos guitarristas, bateristas, baixistas e futuros astros do rock. “Paradise City”, “Welcome To The Jungle” e “Sweet Child o’ Mine” são e serão por muito tempo ainda obrigatórias em qualquer playlist de um verdadeiro fã de rock.

Antichrist Superstar - Marilyn Manson

Álbum - Antichrist Superstar

Artista - Marilyn Manson

Anp - 1996

Um novo mundo de estranhezas se apresentou em “Antichrist Superstar”, vocais ultramente distorcidos com letras depravadas e enfurecidas misturadas com arranjos que misturam música eletronica, punk, new wave e heavy metal. A inovadora produção de Trent Reznor trouxe novas sonoridades e se impos como referencia no seu segmento. O álbum começa “lindamente” com a agressiva “Irresponsible Hate Anthem” seguida do hit “The Beautiful People” com guitarras super distorcidas e grooves neuróticos. O anticristo consegue ser manter mágico até a nona música “Mister Superstar”, mas infelizmente segue em declinio até o final com a cansada “Man That You Fear”, sem contar que o álbum tem 99 faixas, 83 faixas de 4 segundos de silêncio, pra esconder uma faixa surpresa no final.

Night at Opera, A - Queen

Album - A Night at Opera

Artista- Queen

Ano - 1975

A banda Queen, em 1975, já tinha gerado 3 ótimos discos, mas ainda não tinha sido lançada ao status de super-grupo. A demora valeu a pena, já que "A Night..." é um disco que sobreviveu muito bem com o passar dos anos, vende horrores até hoje, e é cultuado em todo mundo. Por incrível que pareça, a fórmula "mágica" para que isso pudesse ter acontecido de forma tão brilhante e avassaladora, foi o "exagero" - no melhor sentido da palavra. Tanto nas composições, que iam do rock pesado de "Death on two Legs" e "Sweet Lady", passando pela pop "You're my best friend" e culminando com a quase prog "Bohemian Raphsody, até a produção esmerada de Roy Thomas Baker, que não poupou tempo e esforço para as idéias inovadoras dos 4 músicos. As vozes em "Bohemian Raphsody" é algo simplesmente divino. E como se não bastasse, o disco ainda tem o mega-hit "Love of My Life" e as maravilhosas "I'm in Love With my Car" e " '39". Simplesmente obrigatório.

Animals - Pink Floyd

Álbum - Animals

Artista - Pink Floyd

Ano - 1977

Definitivamente, é muito dificil decidir qual álbum do Pink Floyd foi mais incrível na década de 70. “Animals” tem um charme particular entre os demais álbuns da banda, apesar de só ter cinco músicas e três com mais de dez minutos, a sensação para o ouvinte é leve e envolvente. Não tem como destacar uma música em especial, todas têm refinamento de obra prima. Assim como as músicas, todos os músicos têm seu momento de destaque, os solos da guitarra, os timbres dos teclados, os arranjos da bateria e do baixo, os vocais, as letras, a produção, a gravação, tudo, tudo mesmo é brilhante. “Animals” é um álbum de verdade que merece cinco estrelas ou mais.