quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Baptizm of Fire - Glenn Tipton

Álbum - Baptizm of Fire

Artista - Glenn Tipton

Ano - 1997


Pra quem esperava um trabalho que fosse continuidade do Judas Priest se deu mal. Poucos sãos os momentos que sentimos as roupas de couro, a Harley e os espinhos de sua banda em stand by. Tipton é um dos guitarristas mais importantes da história do metal com seu estilo marcante e inovador e nesse trabalho se juntou a uma turma bem pesada não só de estilo, mas de habilidade como Cozy Powell, Billy Sheehan, Don Airey e John Entwistle para fazer um dos trabalhos mais pesados de 97. A faixa titulo mistura várias vertentes do metal com solos endiabrados e rápidos da guitarra e do baixo, destaque também para a versão punk enfurecida de “Paint It Black” dos Stones. Apesar do trabalho não ter conquistado um grande reconhecimento as faixas “Kill or Be Killed” e “The Healer” traziam tendências bem originais.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Burning Japan Live - Glenn Hughes

Album - Burning Japan

Artista - Glenn Hughes

Ano - 1993


Depois de se livrar do inferno das drogas, que durou toda a década de 80, Glenn Hughes entrou nos anos 90 disposto a mostrar que estava vivo e em ótima forma. De cara lançou 2 excelentes discos de estúdio ("Blues" e "Frow now on") e este ao vivo no Japão. Acompanhado de jovens e talentosos músicos suecos, que gravaram "From now on", Mr Hughes mostra uma voz invejável nesse registro, e o público japonês o saudou de braços abertos ao som de vários clássicos do Deep Purple como "Burn", "This time around/Owed to G", "Getting Tigher", "You keep on moving" entre outras misturadas com músicos do então recente album "From now on", músicas do seu trabalho com o guitarrista Pat Thrall e a obrigatória "Coast to coast", de sua ex-banda Trapeze. A qualidade da gravação é muito boa, a banda é muito boa e Glenn Hughes está cantando como nunca, não é a tôa que é chamado, justamente, de "The Voice of Rock"

Blue Benson - George Benson


Album - Blue Benson
Artista - George Benson
Ano - 1968
O guitarrista americano George Benson já lançou um sem número de ótimos albuns. "Blue Benson" pode figurar facilmente entre os melhores lançados por ele. Aqui, o gênio das 6 cordas conta com um timaço de músicos como Ron Carter no baixo acústico, Herbie Hancock no piano, Billy Cobhan na bateria entre outros. Ou seja, a nata da nata do jazz americano. Como o título indica é um trabalho de blues, mas com fortes "cores" do jazz. e destacar qualquer música aqui é um trabalho hercúleo, já que tudo soa como obra-prima, mas vamos lá: o disco abre com "Billie's Bounce", uma composição do mestre Charlie Parker, e com Benson soltando os bichos ao lado de Hancock. Segue com uma boa composição de Benson, "Low down & dirty". Depois temos um clássico americano, "That lucky old sun", a única música do disco que não é instrumental e George Benson fez uma linda interpretação com muita emoção. Mas na minha opinião, a melhor ficou para encerrar o disco: a suave e delicada "I remember Wes", música composta pelo guitarrista em homenagem ao seu ídolo Wes Montgomery. O timbre inconfundível da guitarra de Benson, a excelência dos músicos que participaram do album e a escolha impecável do repertório, fazem de "Blue Benson" um album obrigatório para os amantes do blues e do jazz.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Band Of Gypsys - Jimi Hendrix

Álbum - Band of Gypsys

Artista - Jimi Hendrix

Ano - 1970


Apesar de todas as biografias citarem as neuroses perfeccionistas que Jimi Hendrix tinha nas gravações em estúdio, principalmente no último ano de sua vida, humildemente ouso achar “Band of Gypsys” o ápice de sua carreira como guitarrista. A jam corre solta em muitas grooves funk psicodélicas e solos intermináveis. A gravação é espetacular fazendo Hendrix parecer estar a todo volume em minha casa com sua Strat, interpretando com genial dinâmica e sensibilidade. Buddy Miles e Billy Cox chegaram elevando ainda mais o padrão da base, e deixaram milhões e milhões de “roqueiros”, “bluezeiros”, “hippies” e principalmente os amantes da guitarra em transe com, “Who Knows”, “Machine Gun”, “Changes”, “Power To Love” e outras maravilhas, curiosamente gravadas para cumprir um acordo com a gravadora Capitol.

Balance - Van Halen

Álbum - Balance

Artista - Van Halen

Ano - 1995


“Balance” como o próprio nome diz, é uma mistura equilibrada das principais facetas do quarteto. Desde das levadas rápidas da primeira fase como em “Big Fat Money”, as pesada “Don’t Tell Me (What Love Can Do)” e “The Seventh Seal”, as animadas “Amsterdan” e “Aftershock”, chegando até as românticas “Can’t Stop Loving You”, “Not Enough” e “Take Me Back (Deja Vu)”. Infelizmente não poderíamos saber que esse seria o último álbum dessa formação, apesar de toda a divulgação sobre a sobriedade do mestre Edward nas revistas especializadas. Pra mim Van Halen é uma banda única em seu estilo, e sempre fizeram álbuns geniais ou clássicos. No caso de “Balance” não chegou a ser um clássico, mas é genial sim! Com arranjos de guitarras arrebatadores (como sempre), performances de bateria iluminadas, vocais precisos e inacreditáveis e ótimas composições. Depois disso nem Dave Lee Roth, nem Sammy Hagar, por agora, só nos resta chorar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Baked Potato Super Live! - Greg Mathieson Project

Álbum - Baked Potato Super Live!

Artista - Greg Mathieson Project

Ano - 1981


Nem sempre os discos de platina, milhões de dolares e uma vida de mega star fazem digna a vida de um músico. Greg Mathieson é a prova disso, vai ser difícil encontrar um admirador desse artista que não seja no meio de músicos muito antenados, e isso não diminui de nada sua história, com muito poucos discos solos, o artista tem uma vida invejavel participando de grandes momentos da história ao lado de estrelas como, Al Jarreau, Barbra Streisand, Donna Summer e Olivia Newton John. “Baked Potato Super Live!” conta com a presença de dois integrantes da banda Toto, Steve Lukater, e o já falecido Jeff Porcaro, ambos em seus melhores momentos. As músicas têm performances iluminadas com grandes solos e grandes riffs, misturando jazz e rock com muito virtuosismo. “Bomp Me” e “First Time Around” se destacam mostrando um novo jazz fusion com muita influência do hard rock de Los Angeles.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Bad Reputation - Joan Jett and The Blackhearts

Álbum - Bad Reputation

Artista - Joan Jett & The Blackhearts

Ano - 1981


“Bad Reputation” é um álbum que eu sempre comento quando alguém fala mal do rock dos anos 80. Joan Jett, recém saída das Runaways, debuta em alto estilo, e o melhor de tudo, levantando a bandeira da música independente, já que nenhuma gravadora acreditou em seu talento. As canções têm vários tipos de influências, como composições bem punks de 3 acordes no melhor estilo dos Ramones, refrões empolgantes como o cover de “Do You Wanna Touch Me (Oh Yeah) do dançante Gary Gliter, até mesmo baladas inocentes como “Make Believe” e a antiga “You Don’t Own Me”. Apesar das muitas criticas desfavoráveis quanto a produção, as músicas soam ok e mandam muito bem o recado proposto, e acima de tudo se mostraram muito a frente de sua época, já que artista femininas com sua personalidade e atitude ainda não apareceram no nosso mundo de hoje.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Bad English - Bad English

Álbum - Bad English

Artista - Bad English

Ano - 1989


Bad English surgiu em 87 com a quebra da banda Journey, o super guitarrista Neal Schon e Jonathan Cain desbandados se juntaram a Ricky Phillips no baixo, ao virtuoso Deen Castronovo na bateria e ao incrível John Waite no vocal. Essa seleção de bons músicos junto ao espetacular produtor Richie Zito conseguiram fazer uma mega produção com uma qualidade de gravação de fazer frente a vários cds da atualidade, e implacaram alguns hits no mundo como “Possession”, “When I See Your Smile” e “Price Of Love”, apesar de “Don’t Walk Away” e “Forget Me Not” serem as minhas favoritas. O trabalho não parece estar destinado aos roqueiros mais clássicos que apreciam o máxima “Sexo, Drogas e Rock ‘n Roll” quase todas as letras falam de um amor juvenil ou de corações partidos recheados com muitos synths e muitos “oooohhh” e “aaaaahs” nos vocais fazendo o trabalho andar na corda banda entre o rock e o pop.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Bananas - Deep Purple

Album - Bananas

Artista - Deep Purple

Ano -2003


Não levem em consideração a capa e o título deste disco do Deep Purple. O mais importante está lá dentro: música de alta qualidade e uma banda inpiradíssima e feliz, apesar da saída de um membro original e carismático como Jon Lord (teclados). Para substituí-lo, ninguém menos que Don Airey; tecladista da mesma "escola" que Lord e outra fera no Hammond. A produção, que desde 84 ficava por conta do baixista Roger Glover, também foi trocada, e entrou o experiente Michael Bradford. Ponto pra banda. Embora o Deep Purple raramente toque alguma coisa deste disco ao vivo, o repertório do album parece que foi feito para ser executado em cima do palco. Músicas como a ótima faixa de abertura - "House of Pain", "Silver Tongue", "Walk on" e "I Got your number" são especiais para shows, mas a banda, infelizmente, insiste em continuar com um repertório "engessado" da década de 70 quando o assunto é "ao vivo" O album também tem 3 momentos especiais com a instrumental "Contact Lost", feita em homenagem as vítimas da nave Columbia, e duas baladas maravilhosas: "Haunted"e principalmente "Never a Word" com Ian Gillan cantando divinamente. Na minha opinião, o melhor disco do Purple desde "Perfect Strangers". Melhor que vitamina de banana no café da manhã.

Bad Animals - Heart

Álbum - Bad Animals

Artista - Heart

Ano - 1987


“Bad Animals” é o segundo álbum da fase Capitol da banda, o som estava ficando cada vez mais pop com sintetizadores e baladas radiofônicas. Mas no caso de uma banda séria como o Heart a palavra pop não deve ser encarada com sentido pejorativo, as músicas são boas e fizeram a banda se comunicar como uma legião de novos fãs mais jovens. O lado rock das irmãs Wilson também não desapareceu por completo “Bad Animals” e “Easy Target” tem o peso de seus trabalhos anteriores com bastante distorção e vocais surpreendentemente agudos. Realmente não posso dizer que é um dos melhores trabalhos da banda, mas “Alone” é uma balada tão linda que vale por todo o álbum e será indiscutivelmente uma faixa presente em todos os shows futuros da banda.

Bad - Michael Jackson

Álbum - Bad

Artista - Michael Jackson

Ano - 1987


Já era de se imaginar que seria difícil conseguir repetir o inacreditável feito comercial do predecessor “Thriller”, porém com Michael Jackson e Quincy Jones juntos tudo era possível. Musicalmente o álbum é tão interessante e inovador quanto os anteriores, o que realmente pode se notar é que o som se tornou mais mecânico com quase todas batidas eletrônicas e baixos sintetizados, nada que interfira na qualidade geral, pelo contrário, as grooves se tornaram mais dançantes e enérgicas. “Bad”, “The Way You Make Me Feel”, “Man In The Mirror”, “I Just Can’t Stop Loving You”, “Dirty Diana” e “Smooth Criminal” são os mega-hits do álbum, e mostram como se faz um álbum pop de verdade com mais da metade das faixas no topo das paradas de sucesso. “Leave Me Alone” é uma faixa maravilhosa que acabou ficando um pouco esquecida no fim do álbum sem nunca ter sido lançada como single, assim como a participação de Stevie Wonder em “Just Good Friends”.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Back To Black - Amy Winehouse

Álbum - Back To Black

Artista - Amy Winehouse

Ano - 2006


Confesso que demorei a ser fisgado pelo avassalador, vencedor de premios ,“Back To Black”, as faixas foram me conquistando somente quando deixei de ser envolvido pelos comentários que exaltavam Amy como uma nova rainha do jazz. Não que o trabalho não tenha nada de jazz, realmente tem bastante, mas o trabalho reluz na categoria pop, exatamente por ter raizes profundas em influências deixadas de lado por pop stars modernas interessadas em gritar, dançar e mostrar seus atributos físicos. “Rehab”, “You Know I’m No Good”, “Back To Black” e outras canções deixam bem claro que se trata de músicas para adulto com uma filosofia tão delinquente quanto AC/DC, por exemplo, falando de bebedeiras e mal comportamento. “Love Is A Losing Game” é super balada com uma espetacular interpretação e faz parecer que a jovem de vinte e poucos anos soe como uma cantora experiente já totalmente amadurecida.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Back To Basics - Christina Aguilera

Álbum - Back To Basics

Artista - Christina Aguilera

Ano - 2006


“Back To Basics” pode até parecer pretencioso para alguém com tão pouca idade. Que básico seria esse? Perguntaria um ouvinte descrente da nova geração. Porém a gatíssima Aguilera mostra que já não devemos lamentar a falta de Diana Ross, Whitney Huston, Tina Turner e outras divas desaparecidas. O cd duplo é recheado de grooves impécaveis, vocais maravilhosos e uma produção realmente de tirar o chapéu com uma ficha técnica com mais de cem músicos. “Ain’t No Other Man”, “Hurt”, “Candyman” e muitas outras canções têm o conteudo necessário pra qualquer fã de soul e R&B delirar e ainda conta com um plus do melhor do pop americano para se destacar entre tantos álbuns de jovens cantoras querendo ser uma diva. Pra ficar melhor ainda o cd abre com a participação de nada menos que Steve Winwood abrilhantando ainda mais o clássico “Makes Me Wanna Pray”. Aguilera me faz acreditar que o talento ainda faz a diferença em meio a tantos produtos enlatados, AVE CHRISTINA!

Born Again - Black Sabbath


Album - Born Again

Artista - Black Sabbath

Ano - 1983


Depois de muitas brigas (por conta de uma mixagem de um disco ao vivo - "Live Evil"), o vocalista Ronnie James Dio pegou o seu boné e pulou fora do Black Sabbath, levando consigo o baterista Vinnie Appice. Tony Iommi (guitarra) e Gezzer Buttler (baixo) resolveram tentar a sorte com ninguém menos que Ian Gillan, que tinha acabado com sua banda e estava esperando Richie Blackmore cumprir seus últimos compromissos com o Rainbow antes de reformarem o Deep Purple. Para ganhar uns trocados e não ficar parado em 83, Gillan aceitou de imediato e no mesmo ano lançaram este pesadíssimo trabalho, que também trouxe de volta o batera original Bill Ward. O disco não dá refresco para o ouvinte, e é porrada atrás de porrada. Músicas como "Trashed", "Disturbing the Priest", "Digital Bitch" e principalmente "Zero the Hero", estão entre as mais pesadas da banda. Ian Gillan, cantando de forma desesperada e espetacular, parece estar com o diabo ou vários encostos no corpo de tanto gritar. Tonny Iommi fazendo o que sabe de melhor nos seus riffs maravilhosos e Buttler e Ward comandando aquela tradicional cozinha de peso. A produção é uma das coisas mais estranhas, com um som abafado e uma mixagem totalmente fora dos padrões da banda. Mesmo assim, um puta disco. Já a arte da capa, com o "Bebê Johnson" dos infernos, é de profundo mal gosto. Perto dela, o bebê de Rosemary é um mimo. Dizem que Gillan odiou.