domingo, 31 de janeiro de 2010

Back Street Symphony - Thunder

Album - Back Street Symphony

Artista - Thunder

Ano - 1991


Em seus 20 anos trajetória a banda Thunder não conseguiu o sucesso merecido para a banda que é. Em “Back Street Symphony” a banda chega com o pé na porta tocando rock n’ roll de primeira qualidade, mas chegou bem no final da onda do hard rock norte americano, e seu sotaque ingles não conseguiu abrir as portas que já estavam se fechando para o estilo. A nova onda grunge já não tolerava músicas animadas, bons solos de guitarra, bons vocalistas e musicas bem arranjadas como “Dirty Love”, “Don’t Wait For Me” e “An Englishman On Holyday”. Pra quem gosta de boas misturas vale a pena conferir tem bastante influência de AC/DC, Led Zeppelin, INSX e Rolling Stones, e ainda um uma ótima versão de “Gimme Some Lovin’” de Spencer Davis Group. E pra quem não lembra a banda já esteve aqui no Brasil em 1992 abrindo shows do Skid Row, e eu ainda guardo ótimas lembranças da apresentação do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Blizzard of Ozz - Ozzy Osbourne


Album - Blizzard of Ozz

Artista - Ozzy Osbourne

Ano -1980


Depois de inúmeras bebedeiras, drogas, brigas e outras maluquices que culminaram com a sua expulsão do Black Sabbath, ninguém mais acreditava que Ozzy Osbourne pudesse se recuperar e voltar a cantar frente a uma banda. Sua mulher, Sharon, era a única que ainda apostava suas fichas no maluco do seu marido (o amor é lindo), e fez com que ele se recuperasse, mesmo que aos trancos e barrancos, montasse uma nova banda e mostrasse para os antigos companheiros que ele ainda era Ozzy Osbourne. E que banda ele montou! Com os veteranos Bob Daisley no baixo, Lee Kerslake na bateria, Don Airey nos teclados, e principalmente com o novato e novo gênio da guitarra, Randy Rhoads, Ozzy entrou nos anos 80 com tudo. O maior destaque do disco é Randy Rhoads com sua habilidade de tirar o folego, timbres impressionantes e muito frescor; deixando a concorrência preocupada, como fizera antes Hendrix e Eddie Van Halen quando surgiram. "I don't know", "Crazy train" e principalmente "Mr Crowley", com introdução matadora de Don Airey, viraram clássicos absolutos, não só do repertório de Ozzy, como do rock em geral.

Blues Alive - Gary Moore


Album - Blues Alive

Artista - Gary Moore

Ano - 1993


Empolgado com o sucesso do album "Still Got the Blues", Gary Moore partiu para gravar o ótimo "After Hours", e é na turnê de lançamento deste disco que Moore gravou este "Blues Alive". O repertório do show é metade de "Afters..." e metade de "Still got...", com exceção de "Further on up the road", "The sky is crying" (ambas só apareceram na versão especial de "Still got..." como bonus-track) e "Parisiense Walkways". Resumindo: O que já era ótimo, divino e maravilhoso, ficou ainda melhor com Moore tocando sua guitarra como se estivesse possuído e cantando uma barbaridade. Apoiado pela sua excelente Midnight Blues Band, o album só não é melhor por não ser duplo ou triplo. Destaques para "King of Blues", "Too Tired" (com participação de Albert Collins) "Cold Day in Hell", "Story of the Blues", "Separate Ways" (minha preferida) entre outras (todas). Se você não tem nenhum disco da fase blues de Gary Moore, pode e deve começar com este "Blues Alive". Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bridge of Sighs - Robin Trower


Album - Bridge of Sighs

Artista - Robin Trower

Ano - 1974


Qualquer guitarrista que se preze, novato ou não, tem a obrigação de ouvir este disco para saber o que é um timbre perfeito de guitarra, o que é "gravar" o som de uma guitarra com perfeição e elegância. Robin Trower sempre foi mestre nisso, mas aqui ele foi além e criou este clássico dos anos 70. Até os dias atuais, Bridge of Sighs é considerado "o disco" deste genial guitarrista. Com fortes influências em Jimi Hendrix, muito blues e psicodelia - inclusive Trower participou da banda Procul Harum(mais psicodélico, impossível). No baixo e voz, James Dewar, (um dos vocalistas mais injustiçados da história do rock, já que pouco se fala dele) com suas interpretações banhadas em alma; e na bateria o ótimo Reg Isadore. Citar alguma música de destaque é uma tarefa impossível e injusta, já que o disco mais parece um "greatest hits". Tudo aqui é mágico, até a capa. Típico disco para se ouvir a vida inteira sem se cansar. Totalmente obrigatório.

Band on the run - Paul McCartney & Wings


Album - Band on the run

Artista - Paul McCartney & Wings

Ano - 1973


Mal acabaram com os Beatles, Lennon e Harrison lançaram suas obras-primas de cara. Faltava justamente o mais talentoso ex-beatle lançar a sua. Demorou 3 anos, mas a espera valeu a pena. "Band on the run", o album, foi um projeto sofrido, já que na véspera de embarcarem para África ( o disco foi gravado, sabe-se lá porque, em Lagos, na Nigéria) o guitarrista Henry McCullough e o baterista Denny Seiwell abandonaram o barco. Talvez com medo de pegarem uma malária. Com isso, McCartney ficou apenas com Linda McCartney e com seu fiel escudeiro Denny Laine (guitarra, baixo, teclados e etc) para tocar o trabalho. Com 1001 problemas antes de aterrisarem na África, ainda passaram poucas e boas com problemas técnicos nos estúdios de lá. Talvez por conta disso tudo, McCartney tenha dobrado suas forças para fazer o melhor que podia, e conseguiu com méritos. Músicas como "Jet", "Let me roll it" (com uma letra-resposta para Lennon, que o havia o atacado em "How do you sleep", do album Imagine) e a fantástica faixa-título, são verdadeiras obras-primas e se tornaram obrigatórias em qualquer show de Paul McCartney. Até hoje, o album é considerado seu melhor trabalho e foi o mais vendido no ano do seu lançamento.

Blues - Glenn Hughes



Album - Blues

Artista - Glenn Hughes

Ano - 1993


Depois que a banda Deep Purple terminou, em 1976, seu baixista e vocalista Glenn Hughes resolveu torrar o dinheiro com muitas drogas e poucos trabalhos. De 76 até 92 quase nada foi produzido por ele. Totalmente recuperado da fase negra e do mundo da fantasia , ele resolveu tirar o atraso no começo dos anos 90. E começou muito bem com o ótimo "Blues", um trabalho composto por ele e o guitarrista Graig Erickson, e cheio de convidados especiais, entre os quais podemos destacar os guitarristas Richie Kotzen, Warren DeMartini, John Norum, o próprio Graig Erickson e Mick Mars. Além do ótimo baixista Tony Franklin e do baterista Gary Ferguson. Com a voz intacta, perfeita e ainda melhor do que nos anos dourados, Glenn Hughes brinda seus saudosos fãs com uma excelente volta ao mundo da música. Os destaques ficam por conta de: "The boy can sing the blues", "I'm the man" (ambas com Norum e DeMartini nas guitarras) e "Life of misery". As letras do album vêm carregadas de mensagens de fé, gratidão e esperança, por tudo que Hughes passou em relação as drogas nos anos 70 e 80. Valeu a pena rezar e sair do lodo. "Blues" foi o primeiro, de uma série de discos que Glenn Hughes lançaria a partir de 92, não deixando nenhum ano em branco, sendo considerado o artista de rock que mais trabalha hoje em dia. Bem vindo ao mundo real Hughes!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Black Ice - AC/DC

Album - Black Ice

Artista - AC/DC

Ano - 2008


Se você nunca gostou do AC/DC (eu não sou amigo desse tipo de gente) nem adianta se engraçar para ouvir o último petardo da banda, "Black Ice", pois os caras continuam os mesmos(ainda bem) e, graças ao bons Deuses da música, fazendo o mesmo tipo de rock que gruda nos ouvidos e não sai mais. Daqui a vinte anos estaremos cantando alguns rocks desse disco como "Rock and Roll Train", "Big Jack, a faixa título, "Anything Goes" e "War Machine", como ainda cantamos músicas que esses caras fizeram a 20, 25, 30 anos atrás. Estas músicas estarão ao lado dos maiores hinos da banda com toda certeza. A "cozinha" continua poderosa com Cliff Willans e Phill Rude; a voz rascante de Brian Johnson continua desesperada como se o mundo fosse acabar amanhã; e as guitarras dos irmãos Young estão melhores do que nunca. Angus Young até toca um slide guitar no album, fato raro. "Black Ice" foi produzido pelo experiente Brendan O Brien que já trabalhou com Stone Temple Pilots, Pearl Jam, Bruce Springsteen entre outros. Puta disco, e fujam de pessoas que não gostam do AC/DC, para o seu próprio bem.

Bad Co - Bad Company

Album - Bad Company

Artista - Bad Company

Ano - 1974


Uma das estréias mais felizes de uma banda de rock, Bad Company, o disco, é uma obra simples, curta e direta com 8 músicas(produzidas pela própria banda) e alguns clássicos eternos do rock até os dias de hoje, entre eles: "Can't get enought", "Rock steady", "Ready for love" e claro, "Bad Company". A banda contava com uma das melhores vozes do cenário londrino: Paul Rodgers, que antes já tinha feito muito sucesso com a banda Free. Não é a tôa que ele foi sondado por Richie Blackmore (Deep Purple) para ocupar o lugar de recém-saído Ian Gillan. O resto da banda era Mick Ralphs nas guitarras, Boz Burrell no baixo e Simon Kirke (outro que veio do Free) na bateria. Este disco também marcou a estréia do selo "Swan Song" do pessoal do Led Zeppelin, e começaram com o pé direito, pois o album vendeu milhões de dólares e a banda "invadiu"os palcos americanos com muito sucesso. Clássico total!!!


*Vale também lembrar que o nome Paul Rodgers também foi pensado para fazer parte de um tal de Led Zeppelin. Antes de Jimmy Page ter ouvido Robert Plant, é claro.

Burn - Deep Purple

Album - Burn

Artista - Deep Purple

Ano - 1974


Primeiro disco depois da saída de Ian Gillan e Roger Glover, os fãs estavam roendo as unhas com medo de tudo dar errado com a nova formação com o experiente Glenn Hughes (ex-Trapeze) no baixo e vocais, e o novato e ex-balconista David Coverdale na voz principal. Bobagem, já que o que ocorreu foi que a banda deu um salto de qualidade espetacular com este album. A primeira faixa, o arrasta-quarteirão "Burn", foi um hit intantâneo e até hoje é um clássico imortal da banda. A dobradinha Hughes e Coverdale elevam a categoria da banda injetando funk e blues e dobrando as vozes nas maravilhosas "Lay down, stay down", "Might just take your life" e "What's going on here". Ian Paice (bateria) tem a sua melhor atuação em "You fool no one", Jon Lord (teclado) faz a festa no disco todo e Richie Blackmore arrasa no blues "Mistread". Pena que esta formação durou apenas 2 discos de estúdio. Todos estão vivos e não custa nada sonhar...

Back In Black - AC/DC

Álbum - Back In Black

Artista - AC/DC

Ano - 1980


Os sinos do inferno voltaram a bater em 1980 com "Hells Bells", faixa de abertura do álbum. Os irmãos Young e seus comparsas, ainda de luto, conseguiram o inesperado de tocar fundo no coração de seus seguidores apresentando seu novo vocalista, totalmente diferente, do estilo criminoso, do recém falecido, Bon Scott. Brian Johnson mostrou muita personalidade e se misturou bem a banda que tem como temática principal, sexo, drogas e rock n' roll e implacou pelo menos duas músicas na história do século XX, "Back in Black" e "You Shook Me All Night Long". O som do disco é impressionante e soa muito melhor que cds e dvds de 30 anos depois. Além dos principais hits populares, todas as faixas podem ser apreciadas como obras refinadas com todo o respeito aos fundamentos do estilo, e me atrevo a dizer que esse álbum deveria ser obrigatorio para qualquer pessoa que gosta de música. Simplesmente maravilhoso.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dokken - Back For The Attack

Álbum - Back For The Attack

Artista - Dokken

Ano - 1987


A maturidade da banda fica nítida em "Back For The Attack", todas as músicas são destacáveis em algum ponto, mesmo que somente pelo herói da guitarra George Lynch, que dá um espetáculo a parte, com sua maneira única de tocar. Apesar de quase todas as bandas americanas da época tentarem mostrar um guitarrista a altura de Edward Van Halen com pequenas faixas solos em seus álbuns, "Mr. Scary" supera as expectativas com um mix de Randy Rhodes, Yngwie Malmesteen, Iron Maiden e o talento excentrico de Geoge Lynch. "Heaven Sent" e "Burning Like A Flame" são os hits do álbum. mas poderia ser qualquer outra como as fortes "Kiss Of Death" e a empolgante "Standing In The Shadows". Dificilmente alguém que não goste desse álbum posso vir a gostar de álgum outro da banda.

...Baby One More Time - Britney Spears


Álbum- ...Baby One More Time
Artista - Britney Spears
Ano - 1999

Em contradição as virtuosas Celine Dion, Mariah Carey e outras imitadoras do final dos anos 90, e ainda mais distante das intelectuais Alanis Morissette e Melissa Etheridge. Britney Spears chegou como um "cavalo azarão", que sem muitas virtudes musicais se fundamentou muito mais na postura de boa menina e de temas romanticos juvenis do que cantar notas agudíssimas ou canções de protesto. Mas, a verdade é que isso fez Britney decolar.e ficar na história pop mundial tocando pra frente os tristes orfãos das Spices. Apesar de seu ainda frágil vocal, esse album ainda é um dos seus melhores trabalhos. "...Baby One More Time", "(You Drive Me) Crazy", "Sometimes" e "From The Bottom Of My Broken Heart" ficarão como símbolos da música pop do final século XX. Doa em quem doer.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Atrás Do Porto Tem Uma Cidade - Rita Lee

Álbum - Atrás Do Porto Tem Uma Cidade

Artista - Rita Lee

Ano - 1974


O terceiro álbum solo da cantora com a banda Tutti Frutti confirmava que Rita Lee já não precisava dos Mutantes mais pra nada. Apesar da inegável semelhança com sua antiga banda, algumas faixas esbanjam recursos de produção com muitos violinos, pianos, teclados e mostram a cantora no mais alto estilo deixando ótimas músicas na história do rock brasileiro. “Menino Bonito” é uma balada sensacional, “Mamãe Natureza” é um verdadeiro rock brasileiro, sem aquela cara de Roberto e Erasmo. Vale a pena destacar também os músicos da banda que já estavam anos a frente dos seus concorrentes e a capa psicodélica seguindo o estilo das bandas progressivas da época.