terça-feira, 30 de março de 2010

Blood on the Highway - Ken Hensley

Album - Blood on the Highway

Artista - Ken Hensley

Ano - 2006


Ken Hensley (teclados, voz e guitarras) sempre foi o melhor compositor do Uriah Heep, mas em muitos trabalhos solos ele dava umas derrapadas aqui e ali. Em Blood on the Highway, album conceitual contando as histórias de um músico na estrada, ele faz um trabalho muito legal e muitas vezes lembrando o bom e velho Uriah Heep. Na verdade BOTH foi um livro que Ken Hensley escreveu e que depois o transformou em disco. Contando com músicos espanhóis (pelo menos até a gravação desse disco, KH estava morando por lá) e participações especiais de Glenn Hughes, John Lawton (que já participou do Uriah Heep), Eve Gallagher e do cantor Jorn Lande, com sem timbre parecidíssimo com o de David Coverdale, o disco tem aquele "sabor" do rock inglês dos anos 70 mas com uma timbragem mais moderna. Produção no maior capricho do próprio Ken Hensely e de Dani Saiz. Destaque para "(This is) Just the Beginning", "We're on our Way", "You've got it" e na que encerra o album de forma magistral - "The Last Dance". Para colocar no cd-player do carro e sair pelas estradas.

Big Picture, The - Elton John

Album - Big Picture, The

Artista - Elton John

Ano - 1997


The Big Picture é um trabalho menor na carreira de Elton John. Mesmo assim, o album tem ótimos momentos (lembrando o artista nos anos 70) como "Long Way From Happiness", "If the River Can Bend", "January", "Live Like Horses" ( que na voz de outro cantor poderia cair numa cafonice, mas com EJ funciona) e a faixa título. Produzido por Chris Thomas, que deu uma roupagem um pouco mais moderna no som mas sem perder a pegada característica de Elton John, TBP é um disco de baladas bem calmas do início ao fim (exceto "Wicked Dreams"), com ótimas letras ( como de costume) do seu eterno parceiro Bernie Taupin e uma ótima banda (destaque para o genial guitarrista Davey Jonhstone, que acompanha Elton John desde os anos 70). Longe de figurar entre os melhores discos de EJ, The Big Picture funciona muito bem em uma noite chuvosa e com os fones no ouvido.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Buddha and The Chocolate Box - Cat Stevens

Album - Buddha and the Chocolate Box

Artista - Cat Stevens

Ano - 1974


Depois de ter lançado "Foreigner", album que fugiu do seu "habitat" musical, Cat Stevens retornou as origens neste fantástico Buddha and the Chocolate Box. Com melodias simples e geniais, letras voltadas para o plano espiritual, e com as voltas do produtor Paul Samuel Smith e de seu músico preferido- Alun Davies (violões) ao seu lado, Cat Stevens acerta de novo neste trabalho de 74. E mesmo exausto das cansativas turnês, Budda and... é um dos melhores trabalhos do artista que abre com "Music", belíssima homenagem a própria música, e segue com o maior hit do album, a linda "Oh Very Young", grande sucesso no Brasil, tocando exaustivamente até nas rádios AM. "Ready for Love" é outra que estourou, além de várias baladas geniais como "Sun/79", "A Bad Penny" e "King of Trees" . Reza a lenda que Cat Stevens estava com um pequeno Buda e uma caixa de chocolate nas mãos durante uma turbulência em um vôo e pensou: "se o avião cair e eu morrer, as últimas coisas que estarão comigo é este Buda e os chocolates..."

O espiritual e o material. Daí a arte da capa e o nome do disco.

Brotherhood - The Doobie Brothers

Album - Brotherhood

Artista - The Doobie Brothers

Ano - 1991


Se você quer animar uma festa e não sabe como, a resposta mais simples e eficiente é encher o local com o som do Doobie Brothers. Não tem erro, seja um disco da fase áurea ou mesmo este obscuro Brotherhood que é de 91, ou seja, com a banda já em baixa vendagem apesar de ter ainda muitos seguidores. Tirando alguns sons caretas de teclado(culpa do produtor Rodney Mills que quis dar uma modernizada no som), como na pavorosa "Our Love" (talvez a pior música que eles já gravaram) o album funciona que é uma beleza. Cheio de rocks com aqueles refrões grudentos e os solos incendiários de Tom Johnston e os mais melódicos de Pat Simmons. Destaque para "Something You Said", "Under The Spell", "Excited" e na ótima "This Train I"m On".

Burning' Sky - Bad Company

Album - Burning' Sky

Artista - Bad Company

Ano - 1977


Burning' Sky é um dos discos mais injustiçados do rock nos anos 70. Foi muito mal falado na época( foi o quarto e o primeiro a não figurar no top-ten) e até hoje alguns bobalhões torcem o nariz para este fantástico trabalho. Tá certo que os três primeiros são melhores, mesmo assim é um tremendo disco. Cheio de baladas na medida certa para a voz sempre maravilhosa de Paul Rodgers - "Morning Sun", "Like Water" e "Peace of Mind" e ótimos rocks com a guitarra certeira de Mick Ralphs e a "cozinha" perfeita de Boz Burrell no baixo e Simon Kirke na bateria como a faixa título, "Leaving You", "Too Bad" e "Heart Beat". Produzido pela própria banda, o album ainda conta com a participação especial de Mel Collins no sax e flauta. Discão! E de quebra, uma das capas mais legais do rock.

Book of Taliesyn, The - Deep Purple


Album - Book of Taliesyn, the
Artista - Deep Purple
Ano - 1968
Segundo registro da banda, The Book... tem uma pegada totalmente psicodélica, com destaque para os teclados de Jon Lord, e ainda distante do que se tornaria o som pesado do Purple a partir do album In Rock. Mas nem por isso deixa de ser um bom trabalho, já que temos aqui uma bela abertura com "Listen, Learn, Read On", duas boas regravações - "Kentucky Woman" de Neil Diamond, com ótimo vocal de Rod Evans e a famosa "River Deep, Mountain High", famosa com Ike e Tina Turner, além da instrumental "Wring That Neck", com a guitarra de Blackmore falando alto e que volta e meia ainda é executada nos shows. Como no primeiro disco, a banda mais uma vez grava uma música dos Beatles, "We Can Work It Out" , versão totalmente diferente da original, como costumava fazer a banda Vanilla Fudge em suas interpretações de clássicos do rock. Vale uma conferida. Duas até.



Billion Dollar Babies - Alice Cooper

Album - Billion Dollar Babies

Artista - Alice Cooper

Ano - 1973


Depois de 2 ótimos albuns (School's Out e Killers), Alice Cooper brinda nossos ouvidos com Billion Dollar Babies, seu mais fantástico trabalho, e que recebeu disco de platina com todo merecimento. Produzido de forma magistral por Bob Ezrin (Kiss, Pink Floyd, Kansas entre outros) e executado por Alice Cooper (no auge da forma) e por uma banda totalmente afiada, BDB vai muito além do hard-rock, já que a especialidade do produtor é sempre misturar elementos de rock pesado com instrumentos de cordas, fazendo com que a audiência não fique restrita a um só segmento. E neste disco tudo dá certo. "Elected", "No More Mr Nice Guy", "I Love the Dead", "Generation Landslide" e a faixa título, são músicas perfeitas e soam bem até nos dias atuais, mesmo para aqueles que estão ouvindo o album pela primeira vez. Pena que essa formação (- Glen Buxton e Michael Bruce nas guitarras, Neil Smith na bateria, e principalmente Dennis Dunnaway no baixo) tenha durado muito pouco tempo depois desse trabalho.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Bella Donna - Stevie Nicks

Álbum - Bella Donna

Artista - Stevie Nicks

Ano - 1981


Stevie Nicks deveria ser um nome muito mais cultuado do que é, aqui no Brasil muito poucas pessoas a admiram, mas eu escuto nitidamente sua personalidade em diversas cantoras do main stream atual. Seu estilo e sua voz me encantaram desde o primeiro momento em que a escutei. “Bella Donna” seu álbum de estreia foi gravado no período de intervalo de sua banda, Fleetwood Mac, e em diversos lugares do mundo chegou ao topo das execuções. Com muita sofisticação e poesia o álbum trás lindas canções como a faixa título, e também nas canções em dueto conta com a participação de Tom Petty nos vocais e na composição de “Stop Dragin’ My Heart Around” e Don Healey em “Leather and Lace”. A empolgante “Edge of Seventeen” tem o sotaque do rock que estava por vir nos anos oitenta, e fechando o trabalho a linda “The Highwayman”, que tem o seu todo o seu charme interpretativo. Pra quem gosta de pop e não conhece, vale muito a pena correr atrás de ouvir essa voz única sem concorrente até hoje. Te amo Stevie!

Believe - Katherine Jenkins

Álbum - Believe

Artista - Katherine Jenkins

Ano - 2009


O mundo já estava cansado de esperar que alguma jovem talentosa pudesse se demonstrar capaz de estar ao lado da mega Sarah Brightman. Nascida no País de Gales e com ainda 29 anos a belíssima Katherine ja chegou algumas vezes ao top das listas classicas e mostrou ao mundo a sua voz suave e precisa com requinte de quem estudou os melhores compositores e suas grandes operas e canções. Esse que já é seu sétimo álbum, conta com a inquestionável produção de David Foster, e com uma lista de composições que soam totalmente dentro do estilo “easy listening”. “Til There Was You” dos Beatles, a contemporânea “Bring Me To Life” do Evanescence, “Angel” de Sarah Maclachlan”, “I Believe” dueto com Andrea Bocelli, e muitos outras boas versões fazem do trabalho uma jóia no meio de tantas bijuterias nas prateleiras.

terça-feira, 23 de março de 2010

Boston - Boston

Album - Boston

Artista - Boston

Ano - 1976


É simplesmente impossível pensar em rock dos anos 70 e não lembrar de "More Than a Felling", mega-hit que abre este disco de estréia do Boston. Rock-Arena total, a música invadiu as rádios do mundo todo parecendo um ataque do Godzilla, sem dó nem piedade. Produzido por John Boylan e Tom Scholz ( guitarrista, gênio de estúdio e cabeça por trás do nome Boston), "Boston", o álbum, foi uma das estréias mais arrasadoras de toda a história da música pop, figurando até hoje entre os mais vendidos de todos os tempos. O disco é bom demais, com ótimos timbres de guitarra e a sua sonoridade tem aquele som que preenche todos os espaços onde é ouvido. "Rock and Roll Band" e "Peace of Mind" também enfileiraram o top-list americano. Infelizmente o sucesso de "More Than a Felling" foi tão grande que os diretores da gravadora (sempre eles) fizeram pressão para que Tom Scholz lançasse o segundo disco da banda que nunca mais foi a mesma. Mas uma coisa é certa: É simplesmente impossível pensar em rock dos anos 70 e não lembrar de "More Than a Felling"

"But Seriously, Folks..." - Joe Walsh

Album - "But Seriously, Folks..."

Artista - Joe Walsh

Ano - 1978


Joe Walsh participou da melhor fase da banda James Gang e tb foi guitarrista do Eagles (lá estava ele em Hotel California e The Long Run, sucesso absoluto de crítica e público. Além das vendas lá no topo), mas é neste trabalho solo que podemos apreciar o seu melhor. Em "But Seriously, Folks...", Walsh mistura tudo e acerta em cheio. Desde reggae e pop até o rock. Usando com maestria sua guitarra, violão eslide-guitar e ainda coloca sua voz "pequena" e peculiar de maneira muito inteligente. O maior sucesso de sua carreira solo está neste disco: "Life's Been Good", um reggae com uma pegada moderna e inovadora, e com uma letra muito sarcástica. Música que consegue agradar até quem deteste reggae. "Indian Summer" é outra delícia no mesmo estilo do Eagles, embora melhor que qualquer uma da banda. "At the Station", "Over and Over" e a instrumental "Theme from Boat Weirds" completam a lista das melhores do album. Como "petisco", o disco ainda conta com os Eagles - Don Henley, Glenn Frey, Don Felder.

Believe - Cher

Álbum - Believe

Artista - Cher

Ano - 1998


Depois de tantos anos de carreira, é desnecessário dizer que o que quer que a diva Cher faça, ela o fará bem. Desde do pop otimista da dupla com Sony, passando por rainha das pistas da disco no final dos setenta, até o seu lado hard rock produzidos e compostos por Bon Jovi e Desmond Child. O single hit “Believe” chegou fuzilando as rádios com seus efeitos vocais futurísticos que são usados até os dias de hoje sem nenhuma timidez. O ábum ainda conta com o mega sucesso “Strong Enough” super dançante com cara de Barry White do futuro. Sua voz totalmente diferente continua a surpreender qualquer amador desconfiado e está muito bem encaixada nessa nova jornada dance de sua carreira. “The Power”, “Takin’ Back My Heart” e “Runaway” poderiam ter se tornados grandes sucessos também, mas ainda empolgam os fãs desse trabalho. O álbum ainda conta com a boa versão dance de “We All Sleep Alone” de seu álbum “Cher” de 87.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Behind The Eyes - Amy Grant

Álbum - Behind The Eyes

Artista - Amy Grant

Ano - 1997


Mesmo depois de vinte anos de carreira, Amy Grant surpreendeu quando lançou “Behind The Eyes”, um álbum que tem na simplicidade sua maior virtude. “Nobody Home”, “I Will Be Your Friend”, “Like I Love You”e “Take a Little Time” abrem o cd com sua mensagem positiva e feliz, regadas de violões, hammonds e slides, tudo no mais alto nível de tecnologia e produção. O som do trabalho tem uma transparência que não é encontrada facilmente entre os milhares de álbuns que saem por ano e acima de tudo, a interpretação da bela cantora é intocável, e emociona nas lindas “Cry a River” e “Somewhere Down The Road”. Sua criação country aparece em todas as faixas com seu violão folk e principalmente em “Curious Thing” com a raiz profunda no estilo. “Behind The Eyes” é um álbum diferenciado e mostra a capacidade elevadíssima de Amy mesmo fora do círculo cristão de onde ela começou.

Beggars Banquet - The Rolling Stones


Álbum - Beggars Banquet
Artista - The Rolling Stones
Ano - 1968
“Beggars Banquet” abre com a maravilhosa e inovadora “Symphathy For The Devil” que se tornou um dos maiores símbolos da banda, com uma sonoridade um tanto diferente pra uma banda Inglesa. Mas a maioria das faixas mostram o lado blues raiz da banda, com slides e violões muito bem elaborados, e as mais belas influências da música norte americana. “No Expectations”, “Dear Doctor”, “Prodigal Son”, “Stray Cat Blues” e “Factory Girl” são preciosas relíquias que a banda deixou para o blues mundial. Ainda na sua formação original, “Beggars Banquet” está entre os álbuns mais importantes da banda, e tem como destaque o momento espetacular de Mick Jagger transbordando estilo e criatividade. O álbum ainda conta com o rock “Street Fighting Man” e uma das mais lindas baladas que a banda já fez, “Salt Of The Earth”, que anda esquecida em seu repertório de shows.



domingo, 21 de março de 2010

Breezin - George Benson

Album - Breezin

Artista - George Benson

Ano - 1976


Eu adoro os discos do George Benson, desde os instrumentais de jazz até os mais pops, mas este "Breezin" é um daqueles trabalhos "mais ou menos" que acontecem na carreira de qualquer artista. Só com feras ao seu lado, que vão de Ronnie Foster nos teclados, Ralph MacDonald na percussão, Stanley Banks no baixo até o super batera Harvey Mason. O som é Los Angeles total mas demora a empolgar. Algumas partes e músicas do disco dão até um certo sono, mas a única que Benson canta (e muito) "This Masquerade", composição de Leon Russel, é ótima e mostra aos ouvintes o que ele faria em seu discos a partir dali: um jazz-pop bem feito, refinado e com a conta bancária do artista indo nas alturas. Resumindo, um disco de transição. Na época do seu lançamento, alguns críticos mais radicais, acusaram Benson de levar seu jazz para um som do tipo "música de elevador". Exageros a parte, George Benson já tinha lançado verdadeiras obras de arte antes, e lançou outras maravilhas depois deste disco.

-Sobe?

-Desce!

sábado, 20 de março de 2010

Bark at the Moon - Ozzy Osbourne

Album - Bark at the Moon

Artista - Ozzy Osbourne

Ano - 1983


Ozzy é maluco, mas tem um "faro" admirável para encontrar grandes talentos para as guitarras. Depois da morte do garoto prodígio - Randy Rhoades, Ozzy entrou em profunda tristeza e depressão, dando a entender que nunca mais seria o mesmo. Bobagem. Voltou com força total(embora afundando em drogas e bebidas) com Jake E. Lee nas guitarras e lançou Bark at the Moon, que apesar de ser mais fraco que os discos anteriores, estourou nas paradas de metal e fez com que o clipe da faixa título fosse um dos mais assistidos do ano. É bom lembrar que no teste de Jake para entrar na banda, também estava George Lynch, fantástico guitarrista da banda Doken. O disco tem aquela pegada que transformou Ozzy em um dos artistas mais populares dos anos 80. O arrasta-quarteirão da faixa título, bons rocks como "Slow Down" e "Wainting for Darkness", a bela balada, influênciada pelos Beatles, "So Tired" e a ótima "You're no Different" provam que o espetáculo não pode parar. Completando a banda estavam Don Airey nos teclados, Bob Daisely no baixo e Tommy Aldridge nas baquetas. E foi com essa formação que Ozzy veio pela primeira vez ao Brasil, no Rock in Rio I.

Building the Machine - Glenn Hughes

Album - Building the Machine

Artista - Glenn Hughes

Ano - 2001


Glenn Hughes lança ótimos discos como quem troca de roupa. Aqui em Building the Machine, ele mistura funk com rock pesado na medida certa. Acompanhado pelo seu mais fiel "escudeiro", o guitarrista J.J.Marsh e por Gary Ferguson na bateria, além de convidados de peso como o vocalista da banda Toto, Bobby Kimball e o genial guitarrista e vocalista Pat Travers, que divide as vozes com Hughes em "I Just Want Celebrate", clássico da banda Rare Earth. Outra regravação que aparece é "Highball Shooter" do Deep Purple (aqui um pouco mais funkeada). A dançante "Out of Me" mostra que Hughes tem voz para atuar em qualquer estilo que queira. A abertura é com pesadona "Can't Stop the Flood", seguida pela não menos pesada "Inside". Ambas maravilhosas. Mas a pérola do disco ficou para o final com a densa e soturna "Beyond the Numb". Produção no capricho de Glenn Hughes e Michael Scott.

A versão do cd brasileiro brindou os fãs daqui com 2 músicas ao vivo de um show que Hughes fez em São Paulo. Ponto para o selo que distribuiu o album por aqui: Century Media Records

Bedtime Stories - Madonna

Álbum - Bedtime Stories

Artista - Madonna

Ano - 1994


“Bedtime Stories” é de longe o álbum mais elegante da artista, sua parceria com Baby Face foi mágica e deixou pra história músicas como “Secret”, “Take a Bow” e a incrível “Human Nature”. Com ótimas linhas de baixo, harmonias muito bem trabalhadas, vocais elaborados e composições adultas, Madonna deixou pra trás (por um tempo) a imagem da pervertida do anterior “Erotica”. A gravação espetacular tem muitos timbres mágicos dos anos 70, e realmente se não soubéssemos que se trata da branquela Madonna, poderíamos imaginar ser um álbum de uma cantora negra dos subúrbios de Nova Iorque. Pra quem tem a imagem da artista calcada em “Like A Virgin” ou “Papa Don’t Preach”, dêem uma chance para mudar seus conceitos e apreciem esse que foi um dos seus melhores trabalhos indiscutivelmente.

Bedroom Tapes - Carly Simon

Álbum - Bedroom Tapes

Artista - Carly Simon

Ano - 2000


Carly Simon é um tesouro da música americana, e desde dos anos 60 vem demonstrando sua capacidade de encantar com melodias que misturam jazz, folk, country e rock numa medida tão particular que faz dela uma das artistas mais originais de seu tempo. “The Bedroom Tapes” começa com “Our Affair” que é um rock n’ roll tipo stones muito bem arranjado e gravado, “So Many Stars” vem em seguida com lindos backing vocals e uma bonita atmosfera, “Big Dumb Guy” tem o sarcasmo conhecido da sua lingua afiada dos velhos tempos. “Scar” é a cereja do bolo, ótima composição com uma interpretação sensacional. Estranha é a faixa "I'm Really The Kind" com muitas falhas na produção, parecem até propositais de tão grosseiras que são, batidas fora do tempo, timbres eletrônicos horríveis e até clicks, fazendo parecer uma demo tape sem muito capricho (muito estranho), porém o seu talento de compositora e cantora sobressai acima de todas as falhas.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Because They Can - Nelson

Álbum - Because They Can

Artista - Nelson

Ano - 1997


Nós brasileiros conhecemos muito bem o ditado “Não se mexe em time que está ganhando”, parece que os irmãos Gunnar e Matthew se apossaram dessa máxima mas... dessa vez não deu certo. Bob Rock sete anos depois junta um time de dar inveja em muitos mega artistas para tentar repetir a overdose de sucessos, porém SETE anos é muito tempo e o mundo musical mudou muito, desde Nirvana e a turma de Seatle até a novata Alannis que já abriam porta para um outro tipo de som muito mais cru e explícito totalmente oposto da dupla de galãs. Apesar da ótima gravação e bonitas composições ninguém se interessou nos refrões apaixonados de “Only a Moment Away” e “Five O’Clock Plane” cheios de “Aaahhs” e “Ooohhhs”. Sou um fã convicto de pop rock, mas nesse altura dos anos noventa era determinante um pouco de raiva e peso para estar nas paradas de sucesso. Nem Bon Jovi passou ileso por esses anos revoltados.

quarta-feira, 17 de março de 2010

British Steel - Judas Priest

Album - British Steel

Artista - Judas Priest

Ano - 1980


British Steel não é apenas um clássico do Judas Priest. É um clássico do heavy-metal mundial. Principal disco do que foi batizado de "New Wave of British Heavy Metal" , o album em questão é resultado de vários anos da banda tentando moldar e descobrir a sua marca sonora. E conseguiu com sobras e méritos. Guitarras bem timbradas e com solos curtos e certeiros, riffs grudentos e principalmente melodias de voz no maior capricho. O disco tem em sua abertura, aquilo que chamamos de "clássico": "Breaking the Law", um verdadeiro hino que conseguiu até cair no gosto de quem não é chegado no estilo. Com riff simples e matador e um refrão que é impossível de esquecer, a música virou hit e conquistou as paradas de cara. O mesmo aconteceu com "Living After Midnight", onde a banda uniu o peso das guitarras com uma melodia de voz bem pop (no melhor sentido da palavra). A porrada no estilo Motorhead se faz presente em "Rapid Fire", segunda do disco, e não dando tempo para o ouvinte respirar temos "Metal Gods", música símbolo da banda, e minha favorita de todo repertório do Judas. Além dessas, completam, de forma divina, outras pancadarias como "Grinder", "The Rage", "Don't have to be old to be wise" e a cacetada final de "Steeler" , "nocauteando" o ouvinte. British Steel também marcou a estréia do baterista Dave Holland na banda, que anos mais tarde se envolveu com um menor de idade, mas isso é assunto para as páginas policiais.

Blue Murder - Blue Murder

Album - Blue Murder

Artista - Blue Murder

Ano 1989


Depois de cair na porrada com David Coverdale e se mandar do Whitesnake, o guitarrista, vocalista e sexy simbolo John Sykes formou este projeto Blue Murder com o baixista Tony Franklin e o batera Carmine Appice. Produzido por ninguém menos que Bob Rock, o tiro quase saiu pela culatra com um festival de canções carregadas no exagero e dramaticidade, parecendo, ou querendo ser, uma continuação do album do Whitesnake que o próprio Sykes participara. O maior sucesso do disco foi "Jelly Roll" que teve direito a clipe na MTV. Diga-se de passagem, um dos clipes mais ridículos e constrangedores que já assisti. Mas a música é muito boa, apesar da letra "mela-cueca". Falando nisso, outra baba do disco é "Out of Love", ideal para as fanzocas de Sykes derramarem rios de lágrimas. Mas nem só de melação vive o disco, e os (bons) destaque são: a faixa-título, com ótimo solo e uma poderosa bateria de Appice, "Billy" com um refrão muito legal, e a que fecha o album "Black-Hearted Woman". A capa é até bacana, com um imenso mar iluminado pelo clarão da lua mas a contra-capa é de lascar, com os 3 excelentes músicos fantasiados de piratas. Difícil mesmo é encontrar algum tesouro escondido neste disco. Aí complica bucaneiros!

terça-feira, 16 de março de 2010

Beat Em Up - Iggy Pop

Álbum - Beat Em Up

Artista - Iggy Pop

Ano - 2001


Após “Avenue B” de 99, que foi um dos seus trabalhos mais delicados, com passagens pelo jazz e baladas com melodias calmas e sem muitas distorções. Iggy Pop parece renascer das trevas com muito peso e violência. Inegavelmente o álbum tem o titulo mais condizente possível e já começa atropelando com a agressiva “Mask” e segue com muitos riffs pesados de guitarra em “L.O.S.T.”, “Howl” e a energética faixa título que renovam seus laços com o punk apimentado com muito metal. As letras são diretas e realmente fazem merecer o selo de PARENTAL ADVISORY com muito orgulho, já que tem a explicita “It’s All Shit”. A gravação é muito boa, e foi produzida pelo próprio Iggy, que não deixou de dar um tom sarcástico e provocativo tanto na arte da capa como na engraçada “V.I.P.” que encerra o álbum maravilhosamente.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Breakfast in America - Supertramp

Album - Breakfast in America

Artista - Supertramp

Ano - 1979


Depois de 5 ótimos albuns, o Supertramp se superou e chegou no auge da sua criatividade em "Breakfast in America", e merecidamente o disco chegou nos primeiros lugares das paradas americanas e de todo o mundo, emplacando hits atrás de hits. Largando um pouco a pegada pop-progressiva, a banda mergulhou de vez num pop muito bem construído e de arranjos perfeitos. Também vale a pena destacar as linhas de baixo muito bem construídas e de extremo bom gosto em todas as músicas, obra do baixista Dougie Thomson. Mas vamos aos hits: "Gone Hollywood", "The Logical Song", "Goodbye Stranger", "Take the Long Way Home" e a faixa título, foram sucessos absolutos em 1979, e todas foram compostas por Rick Davies (teclados e a voz mais legal da banda) e Roger Hodgson (guitarras e voz não tão legal assim). A produção ficou a cargo da própria banda e de Peter Henderson (que trabalhou em discos de Paul McCartney, Climax Blues Band entre outros). Vale também destacar a grande sacada na arte da capa. Breakfast in America é pra ouvir do começo ao fim sem se cansar. Bom apetite!

Beast From The East - Dokken

Álbum - Beast From The East

Artista - Dokken

Ano - 1988


Muitas pessoas costumam comparar todas as bandas dos anos 80 como se fossem todas iguais, principalmente quando elas têm seus cabelos laqueados e usam batom. Realmente não se deve esperar composições complexas cheias de adornos e rococós. O que se espera de uma banda como Dokken é rock, nada além disso, e nesse ponto a banda se destaca mesmo entre os lideres da sua geração como Motley Crue, Wasp e Poison. “Beast From The East” tem muita energia que muitas bandas concorrentes não conseguiram passar em seus álbuns ao vivo e ainda tem o plus de ter um dos mais originais guitarristas da época, George Lynch, que se mostra implacável nas faixas, principalmente em seu momento solo “Mr. Scary”. “Into The Fire”, “Alone Again” e “Breaking The Chains” e seus outros sucessos ficaram muito bem representadas e produzidas, apesar dos muitos overdubs feitos em estúdio, comum em qualquer álbum ao vivo, mas vezes ouço uns três ou quatro Don Dokkens ao mesmo tempo e isso pega mal.

Be Here Now - Oasis

Álbum - Be Here Now

Artista - Oasis

Ano - 1997


O furacão Oasis reaparece em seu terceiro álbum liderando vendas e listas de execuções, e esse destaque fez com que alguns milhares de pessoas ficassem mais uma vez curiosos em compartilhar o gosto da nova geração de roqueiros que colocam a banda entre as mais queridas do mundo. “D’ You Know What I mean?” abre o álbum com várias camadas de guitarras com muita distorção criando uma atmosfera bastante bagunçada, mas ainda assim se destaca como uma das melhores do trabalho. As baladas “Stand By Me” e “Don’t Go Away” levaram o álbum ao topo do mundo mais uma vez, e realmente são as melhores do álbum. Mas honestamente ainda me chateia muito a comparação que fãs da banda fazem com os Beatles, realmente não tem nada de parecido, no máximo seus penteados, porque se comparar mesmo o Oasis seria uma espécie de Beatles de quatro Ringos. Sem a erudição de Paul, sem o lirismo de Harrison e sem o blues de Lennon.

sábado, 13 de março de 2010

Back to the blues - Gary Moore

Album - Back to the blues

Artista - Gary Moore

Ano - 2001


Depois de dois discos experimentando guitarras com batidas eletrônicas, o maravilhoso "Dark days in paradise" e "A diferent beat", Gay Moore voltou para o blues no album Back to the blues ( título mais explicativo, impossível). E o repertório começa á toda, com uma sequência de tirar o fôlego: "Enough of the blues", "You upset me baby" (do mestre B.B.King), "Cold black night" e uma ótima versão, embora desnesserária, pois meio mundo já a regravou, do clássico "Stormy monday" de T.Bone Walker. Mas o album também trás momentos chatos como a balada "Picture of the moon" ( uma espécie de prima pobre de Still got the blues) e a instrumental pouco inspirada e sonolenta "The Prophet". Felizmente o disco acaba de forma brilhante com o peso de "How many lies" e no ótimo blues "Drowing in tears". Back to the blues está longe de ser o melhor de Moore da fase blues, mas mesmo assim o guitarrista garante arrepios nas espinhas dos ouvintes quando desembesta nos solos. A produção ficou por conta do próprio Moore e vale também resaltar a bela capa.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Battle Rages On, The - Deep Purple

Álbum - The Battle Rages On

Artista - Deep Purple

Ano - 1992


Quando se trata de Deep Purple sempre se espera maravilhas, mas desta vez só tenho a dizer que o álbum é OK. Triste, mas é verdade, após a reunião da banda original em 84, apenas “Perfect Strangers” continua viva no repertório de seus shows, deixando claro que ninguém parece muito interessado em ouvir as canções desse álbum ao vivo. “The Battle Rages On”, “Talk About Love” e “Ramshackle Man” são os destaques do álbum que as vezes parece estar mais perto do animado hard rock californiano do que a clássica banda do “Machine Head”, mesmo com toda força da formação original com Gillan, Glover, Blackmore, Paice e Lord. Depois disso nunca mais a banda gravou outro álbum de estúdio juntos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bang - James Gang

Album - Bang

Artista - James Gang

Ano - 1973


Esta espetacular banda de rock americana, já contou com ninguém menos que o guitarrista Joe Walsh (Eagles) em seus primeiros anos, onde emplacaram um sucesso nas paradas daquele país: "Funk #49". Já no disco Bang, sétimo da banda, as seis cordas ficaram a cargo de Tommy Bolin, que logo depois substitui Richie Blackmore no Deep Purple. E é incrível como Bolin imprime a sua marca em cada disco que gravou substituindo alguém. Aqui, ele participa de todas as (ótimas) composições. Desde a abertura, com a poderosa "Standing in the shadow" (arrasando no slide-guitar), passando pelas baladas "Mystery" (também cantada por ele) "Alexis" e "From another time". A produção do album ficou por conta da própria banda, que se saiu muito bem com um som de baixo bem definido, ótimos timbres das vozes e bateria e claro, o som cheio de personalidade das guitarras de Tommy Bolin, utilizando de forma inteligente, vários efeitos. Rock de verdade e sem nenhuma frescura. Garantido!!!

Battle Of Los Angels, The - Rage Against The Machine

Álbum - The Battle Of Los Angeles

Artista - Rage Against The Machine

Ano - 1999


Independente da mensagem de consciência política e revolta, “The Battle Of Los Angeles” empolga com sua energia levando ao extremo grooves explosivas com muitos efeitos originais da guitarra de Tom Morello e muito pressão na bateria e no baixo. A mistura das influências é sob medida e agrada desde de fervorosos headbangers, fãs de Hendrix, fãs de Rap e muito mais. O álbum é recheado de músicas boas e é considerado por críticos como o álbum mais comprometido da banda. “Testify”, “Guerrilla Radio”, “Calm Like A Bomb”, “Sleep Now In The Fire” e “Born Of A Broken Man” são verdadeiras pedradas que eu gostaria muito de um dia poder assistir ao vivo com muitos milhares de watts.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Black Rose - Thin Lizzy

Album - Black Rose

Artista - Thin Lizzy

Ano - 1979


Uma das bandas mais originais do rock - Thin Lizzy mostra neste disco, uma verdadeira coleção de clássicos poderosos e que continuam funcionando até hoje. Produzido pelo mestre Tony Visconti e com Gary Moore, que substituiu Brian Robertson, e Scott Gorham nas guitarras, Brian Downey na bateria, e claro, o genial líder Phill Lynnot no baixo, voz e letras maravilhosas. Com esta formação a banda ficou com uma pegada muito mais pesada (graças a Gary Moore) mas sem perder, em nenhum momento, as melodias espertas de Lynnot. Não tem música ruim ou tempo perdido no disco, é só coisa fina. Os timbres estão maravilhosos, as guitarras "gêmeas" de Moore e Gorham funcionam como se os dois tocassem juntos desde o nascimento. Até a capa é de um tremendo bom gosto. Destaques para a épica "Black Rose", a pauleira "Waiting for an alibi", "Do anything you want to", "My Sarah"(bela balada em homenagem a filha de Lynnot) e "Get out of here". Black Rose, o disco, é o maior clássico do Thin Lizzy. Obrigatório para qualquer pessoa de bom gosto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Behind The Sun - Eric Clapton

Album - Behind the sun

Artista - Eric Clapton

Ano - 1985


Minha sábia mãezinha sempre me dizia: "não brinque com fogo e nem ande com más companhias". Eric Clapton não deve ter tido tais conselhos, pois em "Behind the sun" ele resolveu chamar o mala do Phill Collins para produzir este album. O resultado é que Collins achou que se tratava de um disco solo de sua carreira ou algum trabalho do Genesis da fase pop, e resolveu "economizar" nos solos de guitarra de Clapton, além de tascar um monte de sintetizadores e baterias Simmons em músicas que, se não são obras-primas do guitarrista, pelo menos soariam muito melhor sem tais artifícios. Um belo exemplo disso é a boa faixa de abertura, "She's waiting" , que passou batida pelas rádios, e o ótimo blues "Same old blues". Coincidência ou não, o maior sucesso do disco foi "Forever man" que não tinha Phill Colins na bateria e nem na produção. Esta ficou por conta de Ted Templeman, que produziu entre outros: Van Halen e Doobie Brothers.

Vai por mim, mãe sempre tem razão.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Bent Out Of Shape - Rainbow

Album - Bent out of shape

Artista - Rainbow

Ano - 1983


Considerado pelos fãs como o pior disco do Rainbow, "Bent out of shapes" está longe de ser um clássico, mas por outro lado está muito distante de ser um disco ruim já que tem uma meia dúzia de rocks-fm muito bacanas. (FMs americanas é claro). Produzido pelo baixista Roger Glover, "Bent out of shapes" é uma despedida bem legal da banda (que voltaria em 90 para um único registro) que se não fez muito sucesso, pelo menos emplacou uma música nas paradas americanas: a balada "Street of Dreams", que até hoje faz parte do repertório de Joe Lyn Turner, vocalista da banda na época. Mas o destaque, como sempre, é a guitarra do mestre Richie Blackmore, que mesmo em músicas que fogem um pouco do seu padrão hard inglês, ainda solta muitas faíscas em ótimos solos, riffs e timbres de sua Fender. Destaques para "Can't let you go", "Desperate Heart", "Drinking with the devil" e "Fire dance". O destaque negativo vai para a cafonice total da capa do album. Além de Blackmore, Glover e Turner; completam o time: David Rosenthal nos teclados e Chuck Burgi na bateria. Esqueçam o choro e a reclamação dos fãs e curtam o ótimo rock de arena da banda em Bent out of shapes.

Beatles For Sale - The Beatles


Album - Beatles for sale

Artista - Beatles
Ano -1964
Disco da primeira fase da banda, "Beatles for sale" ainda mostra uma forte liderança de John Lennon sobre a banda. Sua voz, que toma conta de uma boa parte do disco, está simplesmente divina nas baladas "I'm a loser" e "Mr. Moonlight", na obra-prima de Chuck Berry - "Rock and roll music" e na melhor do album, "Eight days a week". Paul McCartney mostra toda sua influência de Little Richards em "Kansas City" e mostra a sua genialidade para criar baladas e hits em "I'll follow the sun". A banda, que sempre foi totalmente fã de Carl Perkins, preta sua homenagem ao gravar duas músicas do mestre no album: "Honey don't", com voz de Ringo Starr e a espetacular versão de "Everybody's trying to be my baby" com George Harrison na voz. Buddy Holly, outro músico que sempre foi adorado pelos Beatles, também tem música gravada por eles: "Words of love", numa bela versão. A maioria esmagadora dos fãs dos Beatles prefere a fase que vai de "Revolver" até o final; eu até hoje não consegui definir qual das duas eu gosto mais. Ainda bem.


Battle For The Sun - Placebo

Álbum - Battle For The Sun

Artista - Placebo

Ano - 2009


Parece que “Battle For The Sun” não foi exatamente uma unanimidade entre os seguidores da banda. Qual será o motivo? Convencidamente faço parte do grupo que gostou. Achei realmente ótimo, algumas músicas me impressionaram logo de cara, “Battle For The Sun” com seu arranjo aspero e melancólico passa perfeitamente a mensagem pesada da letra. “The Never-Ending Why”, “Devil In The Details”, “For What It’s Worth”,”Happy You’re Gone” e “Julien” são músicas especiais que não aparecem de uma hora pra outra na casa de qualquer compositor e, estão muito bem apresentadas, com a produção da gravação no mais alto nível. O recente Steve Forrest empolga se entregando completamente nos arranjos de bateria, demonstrando muito estilo e bom gosto.

Bat Out Of Hell II - Meat Loaf

Álbum - Bat Out Of Hell II Back Into Hell

Artista - Meat Loaf

Ano - 1993


A fórmula continua intacta e funcionando, Jim Steinman e Meat Loaf, mais de 10 anos depois dão continuidade a sua obra prima do final da década de 70. Ainda mais cheia de arranjos detalhados “Bat Out Of Hell II” recria o clima cinematográfico da primeira parte, e ainda chega com a gravação incomparavelmente superior. Meat Loaf continua sendo o porta voz perfeito para o trabalho, e arrebenta com interpretações impecáveis e bem humoradas como no single hit “I Do Anything For Love (But I Won’t Do That)” e as belas baladas “Objects In The Rear View May Appear Closer Than They Are” e “It Just Won’t Quit”.. Isto tudo misturando muito humor, teatro e rock ‘n’ roll. Um prato cheio pra quem gosta.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Before I Forget - John Lord

Album - Before I Forget

Artista - Jon Lord

Ano - 1982


Aproveitando que o Whitesnake, sua banda na época, estava de férias, o genial tecladista Jon Lord entrou nos estúdios com uns amigos e registrou um maravilhoso trabalho sem nenhum compromisso com as paradas de sucesso. Com apenas 8 músicas, sendo 4 instrumentais, o tecladista mostra categoria como produtor e compositor, principalmente nas lindas baladas valorizadas pelas belíssimas vozes de Vicky Brown em "Say it's all right" e "Where are you" com a voz de Elmer Gantry. Mas o rock também faz parte do cardápio musical do disco com a ótima "Change on a felling" , com a guitarra e voz de Bernie Marsden, baixo de Neil Murray e batera de Ian Paice; a instrumental "Tender Babies" tem Cozy Powell na bateria; e no boggie "Hollywood rock and roll" tem a participação dos Bad Company - Mick Ralphs, Simon Kirke e Boz Burnell, e com um velho amigo de Lord, Tony Asthon nos vocais. Lamentavelmente a crítica não deu a menor importância para o disco que passou despercebido por muita gente. Coisas da vida. "Before I Forget" teve seu relançamento em cd com algumas faixas bonus.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Bat Out Of Hell - Meat Loaf

Álbum - Bat Out Of Hell

Artista - Meat Loaf

Ano - 1977


O forte teor sarcástico de “Battle Out Of Hell” pode ter induzido muitas pessoas a não levar a sério as músicas musicalmente falando. Mas mesmo assim nada pôde conter alguns sucessos avassaladores como a bela canção “Heaven Can Wait” e “Two Out Of Three Ain’t Bad” que mostravam a força da união do compositor Jim Steinman e a interpretação sem poréns de Meat Loaf. “Paradise By The Dashboard Light” e a música titulo do álbum sintetizam bem as várias vertentes que estão misturadas entre as faixas, desde a temática adolescente roqueira com muitas guitarras distorcidas e batidas enlouquecidas, ate arranjos sinfônicos muito bem arranjados e regidos com muito capricho. Vale a pena relembrar.