Band, The - The Band

Album - Band, The

Artista - The Band

Ano - 1969

"The Band", o segundo e melhor disco desta fantástica banda, é peça obrigatória em qualquer discoteca de quem tenha um mínimo de bom gosto pela música em geral. O canadense Robbie Robertson, guitarrista e principal compositor da banda, foi a fundo nas raízes do sul dos Estados Unidos no "hino" "The Night They Drove Old Dixie Down" e conseguiu fazer um repertório elegante e transbordado de sentimento. O disco é perfeito, a banda, em estado de graça, muitas vezes se revezava em seus instrumentos. Levon Helm, no meio de tantos destaques, consegue se destacar com sua voz única e seu jeito de tocar bateria. Outra voz que surpreende é do pianista Richard Manoel na bela "Rockin' Chair". Outras "jóias" do disco são: "Up On Cripple Creek", "Rag Mama Rag" (que Levon Helm, na época, jurava que seria o hit do disco e que acabou não acontecendo) e "Across the Great Divine". O disco foi gravado quase todo ao vivo num estúdio improvisado numa mansão, e alguns idiotas de plantão insistem que existem alguns erros de execução em algumas músicas. Existe mesmo mas e daí?

Blood Red Cherry - Jann Arden

Álbum - Blood Red Cherry

Artista - Jann Arden

Ano - 2001

Seu quarto álbum, “Blood Red Cherry”, não alcançou tanto sucesso como seus dois primeiros. Apesar disso, Jann Arden começa com a bonita “Waiting in Canada” e a partir daí álbum se desenrola sem muitas novidades, todas as músicas estão no mesmo nível e fazem o cd seguir linear. “Never Give Up On Me” e “Mend” são as pérolas do trabalho, com muita simplicidade e romantismo, essas faixas comovem com a bela interpretação da cantora. Todo material é trabalhado com muito capricho, mas não chega a ser uma mega produção, e o tempo todo parece um álbum de banda e não de uma cantora solo. De todos os cds da artista, esse é o que me parece menos adulto, e alguns temas mais foram tratados com muito sarcasmo como em “Best Dress” e “Janeen”. Apesar de toda simpatia que tenho pela cantora, entre todos os grandes artistas do seu seguimento, Jann ainda não conseguiu se sobressair.

Blondes Have More Fun - Rod Stewart

Álbum - Blondes Have More Fun

Artista - Rod Stewart

Ano - 1978

Nesse que é seu nono álbum, Rod Stewart deixou pra história uma das melhores faixas que misturavam disco e rock, “Do Ya Think I’m Sexy?”, que apesar de toda confusão relacionada aos direitos autorais reclamados por Jorge Bem, pode ser considerada um hino entre os admiradores do estilo. O resto do álbum não surpreende tanto, mas tem bons momentos, em “Is That The Thanks I Get?” e “The Best Days Of My Life” têm o melhor do lado romântico e do lado rock do cantor. Apesar da grande qualidade de gravação, muito bem produzida por Tom Dowd, “Blondes Have More Fun” está longe de ser um álbum clássico, e de forma alguma serve como referência desse grande artista.

Brand New Day - Sting

Album - Brand New Day

Artista - Sting

Ano - 1999

Um artista como o Sting, não tem e nem precisa provar nada à ninguém. E mesmo assim, depois de ser chamado de "enjoado"por vários críticos, Sting se despede dos anos 90 com um excelente trabalho e de quebra, dá um "tapa" na cara desses bundões. O disco é um dos seus melhores trabalhos, tanto na escolha do repertório quanto na excelente produção de Kipper e do próprio artista, e Sting está cantando e tocando seu baixo como nunca. A maravilhosa faixa título tem a participação de Stevie Wonder detonando na harmônica, e na country "Fill Her Up" quem aparece é James Taylor dividindo os vocais com Sting. Além dessas, os destaques ficam por conta da música de abertura, a incrível "A Thousand Years", a oriental "Desert Rose" (uma das melhores músicas de Sting) com participação de Cheb Mami nos vocais e "Tomorrow We'll See". A única "bola fora" do disco é uma bossa-nova bem chata e sonolenta -"Big Lie Small World". Mas isso é muito pouco pra estragar um trabalho bem bacana de Sting.

Blaze Of Glory - Jon Bon Jovi

Álbum - Blaze of Glory

Artista - Jon Bon Jovi

Ano - 1990

No seu primeiro álbum solo, Jon Bon Jovi, deixou seu cavalos de aço e seus companheiros de banda para ir mais fundo no seu lado cowboy. Inspirado na história de Billy The Kid e Pat Garrett, Bon Jovi ganhou um Globo de Ouro e indicações ao Grammy e ao Oscar. O álbum foi produzido pelo artista junto com Danny Kortchmar, e juntos montaram uma mega banda com Jeff Beck, Randy Jackson, Aldo Nova e Ken Aronoff, que ainda contaram com a participação especiais de Elton John e Little Richards que ajudaram o cantor/compositor/produtor a mostrar grandes interpretações como em “Miracle”, “Santa Fe” e “Blaze Of Glory”. Por outro lado, seu sucesso vendas não chegou a abrir um longo caminho na sua carreira solo e, seu retorno a velha banda parece o consentimento que ainda não era sua hora. Mesmo assim, com tantas músicas boas, é o seu melhor trabalho.

Black Sabbath Vol.4 - Black Sabbath

Álbum - Black Sabbath Vol 4

Artista - Black Sabbath

Ano - 1972

Considerado por grande parte dos amantes da banda o melhor álbum, nem por isso “Black Sabbath Vol4” é carregado de hits da banda, mas, definitivamente, tem uma série de riffs mágicos de guitarra que se fazem presente até hoje influenciando os roqueiros cada vez mais sombrios. “Wheels of Confusion” abre o álbum com um som de guitarra fenomenal, e melhor ainda, no volume que eu acho ideal no metal, muito alto! A faixa parece um grande overture, passando pelos estilos que serão desenvolvidos nas faixas seguintes, com momentos que beiram o psicodélico como em “Under The Sun”, “Snowblind”, “FX” e “Lagunda Sunrise” e momentos muito pesados como em, “Cornucopia” e “Supernaut”, que eram, e ainda são, incrivelmente futurísticos. No meio disso tudo, ainda tem a badaladíssima balada “Changes”, faixa que Ozzy regravou com a filha Kelly em 2003. Para um estilo que ainda engatinhava, “Black Sabbath Vol4” é um álbum muito significativo por colocar o rock em evolução, trazendo novas sonoridas pra dentro do mundo obscuro do heavy metal.

Between The Buttons - The Rolling Stones

Álbum - Between The Buttons

Artista - The Rolling Stones

Ano - 1967

Embaldo por “Let’s Spend The Nigt Together”, “Between The Buttons” é o quinto álbum da banda , foi produzido por Andrew Loog Oldham, e pode ser considerado o último álbum da primeira fase da banda,. Mesmo assim já começavam a aparecer as ideias que estariam no próximo álbum “Their Satanic Majesties Request” com pitadas de psicodelismo e um pouco menos do blues e R&B. Enquanto Brian Jones experimentava outros instrumentos e muitas drogas, Mick Jagger apimentava mais suas letras e amadurecia as melodias, como na maravilhosa “Ruby Tuesday” e na bonita “She Smiled Sweetly”, também é importante destacar Bill Wyman com seus sons distorcidos e boas performances em “My Obsession” e “Yesterday’s Papers”. “Between The Buttons” pode não estar entre os melhores da banda, nem por isso deve ser deixado de lado, apesar do próprio Jagger já ter dito ser o álbum que ele nunca gostou, salvando a pele somente da faixa “Connection”.

Beatles, The - The Beatles

Album - Beatles, The

Artista - The Beatles

Ano - 1968

Em 1968, os Beatles já estavam afundados em brigas quando resolveram esfriar a cabeça passando uma temporada com o líder espiritual, e picareta, Maharish Mahesh Yogi na India. Mal chegaram e sofreram um enorme golpe com a notícia da morte de seu empresário, Brian Epstein. Se fosse uma banda qualquer, o próximo trabalho tinha tudo pra ser uma porcaria, mas se tratando dos Beatles...mais uma obra-prima foi parida. E desta vez em forma de disco duplo. McCartney comparece com maravilhas que vão do rock "Back in the USRR", passando pelas acústicas "Mother's Nature Son" e "Blackbird", a linda balada "Martha My Dear", "Honey Pie" e a "heavy" - "Helter Skelter". Já Lennon, nos brinda com "Dear Prudence", "Happiness is a Warm Gun", a linda "Julia", "Revolution I" entre outras. Achou pouco? Ainda temos George Harrison com a fantástica "While my Guitar Gently Weeps". Quer mais? Tem mais, muito mais...