segunda-feira, 28 de setembro de 2009

After The Gold Rush - Neil Young

Album - After The Gold Rush

Artista - Neil Young

Ano - 1970


1970 é um ano histórico! Primeiro, o Brasil se tornou tri-campeão com Pelé, Tostão e cia; depois, Neil Young lançou o seu album mais perfeito e adorado até os dias de hoje: After the Gold Rush. Com uma produção crua e certeira da dupla Young e David Briggs, que já haviam produzido o ótimo disco anterior, "Everybody knows this is nowhere", "After..." é uma verdadeira coleção das mais belas melodias e letras apaixonadas e apaixonantes de um inspirado Neil Young. O disco tem novamente a lendária banda Crazy Horse acompanhando Young, além da participação especial de Steve Stills e um ainda desconhecido Nils Lofgren. Tudo no disco cheira a clássico eterno, desde as líricas "Tell me why", "I belive in you", "Only love can break your heart", passando pela pesada "Southern Man". A capa, com fotografia de Joel Bernstein, é outra obra-prima que mesmo no formato de cd, não perdeu a sua beleza. Um baita disco que emociona até hoje. Obrigatório.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Animalize - Kiss

Álbum - Animalize

Artista - Kiss

Ano - 1984


Em “Animalize” o Kiss já estava completamente desmascarado e desfigurado. O álbum tem a produção do solitário Paul Stanley enquanto seu fiel parceiro Gene Simmons participava de filmes em Hollywood. Apesar de já não parecer em nada com os primeiros álbums, os hits “Heaven’s on Fire”, “Thrills in the Night” levaram a banda ao topo das paradas mais uma vez. “Under the Gun”, “Get All You Can Take” e “Burn Bitch Burn” mostravam a adaptação a banda num cenário agora movido por solos de guitarra de Mark St. John cada vez mais rápidos e distorcidos. Durante a turnê foi gravado, em Cobo Hall, um video ao vivo, “Animalize Live Uncensored”, que foi um dos melhores momentos da banda sem máscara, trazendo o estreante Bruce Kulick na guitarra.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Angel Heart - Bonnie Tyler

Álbum - Angel Heart

Artista - Bonnie Tyler

Ano - 1992


Pode acreditar... Tudo que eu escrever de nada vai abalar o quanto eu respeito o talento e a capacidade de uma verdadeira Diva como Bonnie Tyler. Mas as vezes nos pegamos ouvindo nossos heróis em seus momentos desgatados. Nesse caso, “Angel Heart” tem os velhos ingrendientes dos seus álbuns antigos, e tem tão poucas novidades que sinto vontade de ouvir seu inovador “Faster Than The Speed Of Night” de 1982. As composições não surpreendem, e carregam o álbum com temas batidos e até bem bregas e ainda deixa a impressão de uma artista que é cover dos melhores momentos da própria carreira. Mas, de nada pode se falar das vozes e interpretações. Bonnie Tyler não dorme no ponto, e canta como se não tivesse amanhã, sem dúvida nenhuma, seus agudos inconfundíveis fazem compositores em todo mundo sonhar com sua voz em suas músicas. Então a pergunta que fica é. Quem escolheu o repertório de “Angel Heart”?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

And Justice For All - Metallica

Álbum - And Justice For All

Artista - Metallica

Ano - 1988


Deixando a inocencia de lado "And Justice For All" veio com qualidades fundamentais de um álbum clássico, tem, sem dúvida nenhuma, as mais sofisticadas e audaciosas composições da banda. E também é nítido que o quarteto estava em plena forma, os arranjos são bem coesos e cada pequeno pedaço é tratado como uma peça de um maestro já veterano. Porém a sonoridade das faixas não colaboram com a apreciação do trabalho, definitivamente o som de bateria é um dos piores que eu já ouvi em toda minha vida, parece que não tem contra baixo de tão afundado eles estão nas músicas. Mas tudo isso pode ser compensado com as inesquecíveis "One", "Harvester Of Sorrow" e "The Frayed Ends Of Sanity" com suas letras agressivas e empolgantes riffs de guitarras que até hoje fazem a cabeça de várias gerações.

Question of Time, A - Jack Bruce

A Question of Time

Artista - Jack Bruce

Ano - 1989


Jack Bruce é uma lenda viva. Junto com Eric Clapton e Ginger Backer, formou na década de 60, o 1º super-grupo da história do rock, "Cream". Esses 3 músicos mudaram a forma de se tocar ao vivo, brigaram muito e acabaram cedo, mas Jack Bruce, cantor maravilhoso e exímio baixista, sempre lançou ótimos discos, e este - "A Question of Time", de 1989 é uma prova disso. Para este trabalho, chamou o velho amigo e letrista dos tempos do Cream, Pete Brown, para compor verdadeiras pérolas em forma de rocks. Difícil escolher a melhor: temos "No Surrender" e "Obsession", ambas lembrando muito os tempos do Cream, "Life on Earth", a bela balada, cantada com maestria "Flying", "Blues You Can't Lose" de Willie Dixon e a faixa título. O album foi produzido pelo próprio Bruce junto com Joe Blaney e tem um belo e respeitado time de convidados: Ginger Backer na bateria o pianista Nicky Hopkins, os guitarristas Vernon Reid, Allan Holdsworth, Vivian Campbell e o mestre da Telecaster - Albert Collins. Tudo sob a batuta de Jack Bruce. Tem como dar errado? Claro que não.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Different Beat, A - Gary Moore

Album - A Different Beat

Artista - Gary Moore

Ano - 1999


O guitarrista e cantor Gary Moore já fez de tudo nesta vida: Já fez parte do Thin Lizzy, já tocou hard-rock, foi a fundo no blues. E aqui neste disco, ele abriu mão de uma banda e mergulhou, junto com o tecladista Roger King, nas programações eletrônicas. Mas não pensem que ele se transformou no Moby ou no Fatboy Slim, pois tudo que se espera de Gary Moore está aqui, só que com outra "roupagem": A mesma voz, ótimas composições, ótimas melodias e o principal - a guitarra do cara a mil por hora, como sempre. Logo de cara uma porrada - "Go on Home", que dá até para cair na pista e dançar, só que tem guitarra, muita guitarra. Depois, no mesmo clima, temos "Lost in Your Love", com um solo arrasador de Moore, talvez um dos melhores que ele já tenha feito. "Fire" de Jimi Hendrix tb aparece numa boa versão, esta com o baterista - Gary Husband que também participou na faixa "Worry No More". A melhor do album, "Surrender", aparece com timbres matadores de guitarra, além dos seus quase 10 minutos de duração. Além das guitarras, Gary Moore tocou baixo em todas as faixas do album. Os fãs detestaram "A Different Beat", mas não podem reclamar de terem sido enganados, já que o título está mais do que explícito. Curiosamente, o próximo disco de Gary Moore se chamou "Back To The Blues". Parece até um pedido de desculpas.

Hard Day's Night, A - The Beatles


Artista - Beatles
Album - A Hard Day's Night
Ano -1964
O ano de 64 foi muito importante no cenário mundial: Em primeiro lugar, eu nasci; e depois, um pouco mais importante, os Beatles lançaram seu primeiro filme para o cinema, "A Hard Day's Night" (dirigido por Richard Lester) e junto dele, esta maravilhosa trilha-sonora. Este album de clássicos eternos como "Can't Buy Me Love", "If I Feel", "And I Love Her", a própria faixa-título entre outras. Foi o primeiro e único álbum dos Beatles com todas as músicas assinadas por Lennon e McCartney, embora a maioria esmagadora seja de autoria de Lennon e parte do repertório foi composto e ensaiado em apenas 2 semanas, já que o filme estava sendo rodado com muita pressa. Mesmo com toda pressão, o disco, assim como o filme, é um marco na história dos Beatles e da cena pop. Outro detalhe curioso sobre o disco, é que Ringo Starr não canta nenhuma música. No Brasil, o filme e o disco saíram com o título "Os Reis do Iê, Iê, Iê e teve a capa com a cor azul original, trocada pelo vermelho.


domingo, 13 de setembro de 2009

Ancient Heart - Tanita Tikaram

Artista - Tanita Tikaram

Álbum - Ancient Heart

Ano 1988



"Ancient Heart" já apontava para as supostas novidades em sonoridades e estilos que viriam para a década a seguir. Assim como outros artistas e produtores da época, Tanika Tikaram não poderia prever a agressividade e as estranhezas que viriam do Grunge, nem de uma nova vitória dos vocais agudos de cantoras como Mariah Carey e Celine Dion. Porém se "Ancient Heart" fosse lançado dez anos depois, teria uma repercussão totalmente diferente, sua postura ainda é tão atual que mesmo hoje o álbum seria cabeça na lista de novas tendências. Vale lembrar que Tanita tinha 19 anos na época do lançamento. Os destaques do álbum são, "Twist In My Sobreity", "For All These Tears" e "Cathedral Song", essa última muito conhecida para jovens adultos tupiniquins que ouviram ao som de Renato Russo e da nítida imitadora Zélia Duncan. Apesar de seu vocal especial e suas composições cheias de sutilezas, o álbum não pode ser considerado um clássico, com todo respeito, faltou um certo requinte nos arranjos.

Amorica - The Black Crowes

Artista - The Black Crowes

Álbum - Amorica

Ano - 1994


Apesar de não ser fácil encontrar um grande hit entre as canções, ainda assim “Amorica” pode ser considerado um trabalho perfeito. Excelentes sons de guitarra e ótimas performances vocais fazem com que as músicas, as poucos, entrem em um rigoroso playlist entre as maiores bandas de rock de todos os tempos. Muito se fala sobre as influências da banda, mas pouco se fala sobre a influência que banda tem sobre toda uma geração dos anos 90. Todas as músicas se interligam a tudo de bom que surgiu do rock desde das grandes bandas da Inglaterra e dos EUA. “Gone” e “A Conspiracy” dão a largada com peso e simplicidade, “High Head Blues”, “Cursed Diamond” e “Ballad in Urgency” mostram outras facetas que somente uma banda com a categoria “The Black Crowes” poderia mostrar. Mas, cuidado, esse álbum não é indicado ao roqueiro inocente pois CONTÉM ROCK PURO, e pode causar overdose.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Accidentally on Purpose - Gillan & Glover

Artista - Ian Gillan and Roger Glover

Album - Accidentally on Purpose

Ano - 1988


Os fãs mais radicais do Deep Purple com certeza torceram o nariz para esse projeto envolvendo Ian Gillan e Roger Glover, vocalista e baixista da banda. Mas deixando o radicalismo de lado, o disco tem coisas bem legais, começando pela bela música de abertura, "Clouds and Rain", uma ótima balada que fez parte da trilha sonora do filme Rain Man. "Evil Eye" com uma programação de tambores africanos e ótimos backing vocals, tb ficou uma maravilha. "She Took my Breath Away", com sua levada latina, é a música que mais se distanciou de qualquer coisa já composta pelo Purple. Alguns bons rocks dão as caras no disco, como "Via Miami", "Telephone Box" e a melhor de todas "I Can't Dance to That". No maior clima de New Orleans temos "Can't Believe You Wanna Leave", com um super-convidado - Dr John no piano. Nas versões em cd, o disco apresenta 3 bonus track, mas que poderiam ficar mesmo de fora, pois em nada acrescentam, parecendo que foram sobras MESMO.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

At the Rainbow - Focus

Artista - Focus

Album - At the Rainbow

Ano - 1973


Dá pra imaginar uma banda, com um repertório quase que 100% instrumental, fazendo um tremendo sucesso em shows e nas rádios, inclusive no Brasil? Pois é, isto era possível nos maravilhosos anos 70, e é o que o que mostra o quarteto holandês Focus neste disco ao vivo, no sagrado solo inglês do teatro Rainbow. Em noite de gala e casa abarrotada, o Focus, com sua melhor formação, deixa o público britânico de boca aberta com as incríveis "Eruption", "FocusII", "Sylvia" e principalmente com "Hocus Pocus", o maior hit da banda. Liderada pelo mago Thijs Van Leer nos teclados, flautas e vocais; Jan Akkerman nas guitarras; Bert Ruiter no baixo e Pieere Van der Linden na bateria, o Focus cometeu apenas um erro neste disco: Não ter sido lançado duplo ou triplo. Um verdadeiro pecado para os amantes da música boa.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Amore - Andrea Bocelli

Artista - Andrea Bocelli

Álbum - Amore

Ano - 2006


Tem uma hora que temos que parar de procurar as novidades nas pequenas sutilezas que cercam um artista. Nesse caso o próprio artista é a grande virtude. Sua voz e sua capacidade técnica junto ao repertório de canções já aclamadas em todas as partes do mundo, simplesmente não poderia dar errado. "Amore" é um excelente álbum para quem procura o que pode ser esperado nesse álbum, canções românticas e nada mais. Os destaques são, "Somos Noivos", com a participação de Christina Aguilera, "Les Feuilles Mortes" e "Pero Te Extraño". O álbum ainda conta com as participações de Stevie Wonder detonando em “Canzione Stonate”, Kenny G, Katherine McPhee, além de grandes músicos como Vinnie Colaiuta, Nathan East e Michael Landau. Sem dúvida nenhuma, Andrea Bocelli cada vez mais está deixando seu nome marcado como simbolo de refinamento e lapidação de sua geração.