quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Age To Age - Amy Grant


Álbum - Age To Age
Artista - Amy Grant
Ano - 1982
“Age To Age” é uma espécie de “Sgt Peppers” da música gospel, elevando ao máximo o nível do estilo. Com muita influência de Carole King, James Taylor e Cat Stevens, o trabalho ainda tem o magnífico vocal da, ainda muito jovem, Amy Grant. Porém esse já é o sexto trabalho, e pra quem nunca viu a capa pode facilmente achar que esta ouvindo uma conceituada veterana cantando. Numa época em que no Brasil o gospel estava ganhando espaço com os programas de Jimmy Swaggart, Amy já estava anos luz na frente levando a palavra de Deus através de uma música refinada e bonita acima de tudo. O álbum recebeu diversos prêmios, e ainda aparece com cinco estrelas em vários sites especializados em música contemporânea. “El Shaddai”, “”Sing Your Praise To The Lord” e a abertura “In A Little While” são os grandes destaques do trabalho e são verdadeiros clássicos desse estilo que está cada vez melhor. Mesmo para quem não é evangélico como eu.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Brasil Musical - André Geraissati e Egberto Gismonti


Álbum - Brasil Musical
Artista - André Geraissati e Egberto Gismonti
Ano - 1996
Quando nos deparamos com o trabalho de artistas de alto nível técnico, geralmente temos a impressão que ouviremos músicas densas, complexas e de difícil digestão nas primeiras audições. Mas esse não é caso dessa obra. “Brasil Musical” tem como essência a beleza das composições, e isso sobressai a qualquer virtude técnica ou habilidades acadêmicas de composição. Mas não quero dizer com isso, que esses mestres tiveram que tocar mediocremente para o deleite de idiotas que só gostam de artistas que fazem o que eles mesmos poderiam aprender com algumas “aulinhas” na vida. Geraissat mostra técnicas modernas com tappings e afinações abertas, e toca lindas combinações de acordes em “Três Marias” e “Fazenda Oitenta e Três”. O mesmo de Gismonti que emociona em “Ruth” e detona em “7 Anéis” e “Sanfona”. A regionalidade que esse álbum contém, me atrai muito mais do que uma batucadinha ou violãozinho pra ficar com cara de uma MPB que está totalmente cansada.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Back in the U.S. - Paul McCartney

Álbum - Back In The U.S.
Artista - Paul McCartney
Ano - 2002

Falar que um show do Paul McCartney é algo maravilhoso é chover no molhado, principalmente de 2001 prá cá quando manteve a mesma banda, que por sinal é a melhor que acompanhou o ex-Beatle até hoje. Na guitarra solo - Rusty Anderson, nas guitarras e baixo -Brian Ray; nos teclados -Paul "Wix" Wickens (músico mais antigo e diretor musical da banda), e o grande destaque - Abe Laboriel Jr, um gigante -em todos os sentidos- na bateria. Com uma banda dessas e um repertório que vai de Beatles, Wings e a ótima carreira solo de um dos maiores hit-makers e show-man do mundo, fica fácil tocar e gostar do disco do começo ao fim. Falar o que de um set list que tem "Jet", "My Love", "Band on the run", "Eleanor Rigby", "Lady Madonna", "The long and winding road", "Maybe I'm amazed" entre outras mais? Na minha opinião o único "defeito" do disco é ter poucas músicas do então recente album "Driving Rain", um album simplesmente fantástico e que muita gente ignorou, mas isto pode ser choro de fã.

Black Country Communion - Black Country Communion



Album - Black Country Communion
Artista - Black Country Communion
Ano - 2010
Nada melhor que terminar o ano com um puta lançamento de rock nas mãos. E em matéria de rock pesado, a banda e o disco "Black Country Communion" podem ser considerados a melhor coisa do ano de 2010 sem nenhum exagero. Classic Rock total com este super-grupo onde todos os seus membros estavam em plena atividade musical antes da junção, ou seja; uma reunião para fazer o melhor som possível e não para pagar contas ou tirar o mofo dos instrumentos. Glenn Hughes (baixo e vocais), Joe Bonamassa (guitarra e vocais), Derek Shernian (teclados) e Jason Bonham (bateria) colocam a casa abaixo com 12 petardos inacreditáveis. As três primeiras já nasceram com cheiro de clássicos: "Black Country", "One Last Soul" e "Great Divine", e de quebra fizeram uma versão matadora de um antigo clássico do Trapeze: "Medusa" Ouvir esse disco é como entrar numa máquina do tempo e voltar aos áureos tempos do hard-rock, mas misturado com a tecnologia atual e uma super produção que ficou nas mãos de Kevin Shirley. Glenn Hughes, cantando e tocando cada vez melhor, e Joe Bonamassa já anunciaram um novo disco para 2011. Que venham mais e mais e mais...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Break It All Down - Richie Kotzen


Álbum - Break It All Down
Artista - Richie Kotzen
Ano - 1999
“Break It All Down” com certeza não é o álbum mais importante da vida de Kotzen, mas isso não tira sua relevância na carreira do seu mestre criador. O que mais impressiona é que sua principal substancia está na composição, e não nos solos de guitarras, que seria óbvio pra alguém com sua qualidade técnica. Richie dispara composições cheias de maladragens do R&B, Soul, Jazz, Pop, Rock e principalmente Blues e seus vocais dramáticos e sensuais deixam em dúvida qual é a sua principal virtude cantar ou tocar, e com isso não atingem só os fãs super entendidos de música ou músicos profissionais, atingem também pessoas inocentes sensíveis a boa música. “The Feelin’s Gone”, “Live a Little”, “I Would” e “My Addiction” são apenas algumas dicas em um primeiro momento, mas vale a pena se entregar ao cd todo, o que mostra a alta qualidade do trabalho.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Brazil '96 - Men At Work


Álbum - Brazil ’96
Artista - Men At Work
Ano - 1996
A banda australiana Men At Work , ou frangalhos dela, apenas o vocalista e guitarrista Colin Hay e o saxofonista Greg Ham, participam dessa empreitada que não consta na discografia internacional da banda. Porém para os amantes não só da banda como dos anos oitenta, podem ter certeza que terão pra sempre um ótimo registro da época com um repertório recheado de sucessos de alta rotatividade nas rádios de rock. “Overkill”, “Into My Life”, “Down Under”, “Who Can It Be Now?”, “It’s a Mistake” e “Be Good Johnny” formam uma bela coleção de hits que levantam a platéia que participa no melhor jeito brasileiro, cantando como torcida de futebol no meio das músicas. Men At Work me faz lembrar da época onde os cariocas iam para a praia escutando a saudosa rádio “maldita” escutando principalmente rock e reagge, e o pagode ainda dominava os traillers da beira do mar. Eu era feliz e não sabia!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Boca Livre - Boca Livre

Album - Boca Livre
Artista - Boca Livre
Ano - 1979

Disco de estréia deste fantástico grupo vocal, "Boca Livre", o disco, foi um verdadeiro divisor de águas da música brasileira. Primeiro pela riqueza e inovação dos quatro vocais; depois por ter sido um disco independente que superou a marca dos 100 mil discos vendidos. Isto antes da era do cd, ou seja: gravar um trabalho independente era quase uma tarefa hercúlea. Além disso, a escolha do repertório foi de uma felicidade íncrivel. "Ponta de Areia" ganha a melhor versão de todas já gravadas, sem nehum instrumento, só as vozes. "Fazenda", eternizada por Milton Nascimento, também ganha a melhor versão neste disco. "Diana" tem participação mais que especial de Toninho Horta. Como se não bastasse, essa obra-prima ainda tem "Mistérios"(novamente numa versão melhor que todas já gravadas), "Feito Mistério", "Barcarola do São Francisco" e dois hits eternos do grupo: "Quem tem a Viola" e "Toada". Boca Livre é: José Renato, Maurício Maestro, David Tygel e Claudio Nucci. Obrigatório.

Brand New Eyes - Paramore

Álbum - Brand New Eyes
Artista - Paramore
Ano - 2009
"Brand New Eyes" merece uma atenção distinta dos amantes do rock. A princípio pode parecer mais uma banda endereçada ao público infanto juvenil tentando se aproveitar do estilo de uma fase onde a aparência importa mais do que a própria essência do rock n´roll. Mas, pera aí, o que esses jovens músicos conseguem fazer está muito acima do que outras banda de sua geração vem fazendo. O impressionante baterista Zac Farro mostra nitidamente quantos porcento de importancia tem a bateria no rock, e a raivosa princesa hayley Williams se impõe com seus vocais agressivos e viscerais. As principais faixas do trabalho ficaram notórias na trilha do filme crepúsculo, mas "Playing God", "Misguided Ghosts" e "Turn It Off" agora fazem parte da trilha da minha vida.

Babilônia - Rita Lee


Álbum - Babilônia
Artista - Rita Lee
Ano - 1978
Em sua última investida ao lado da banda tutti fruti, manteve o alto nivel de produção dos outros albuns e ainda deixou dois grandes clássicos para o rock brasileiro “Miss Brasil 2000” e “Jardins Da Babilônia”. Suas influencias roqueiras aparecem também na excelente faixa "disco voador", que não costuma aparecer muito em suas turnês. "Babilônia" ainda conta com a faixa "Eu E Meu Gato" que ganhou uma ótima releitura em seu acústico para MTV. Com este álbum Rita Lee abre uma sequência inacreditável de discos de sucesso que até hoje fazem parte de seu repertório obrigatório. 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bionic - Christina Aguilera


Álbum - Bionic
Artista - Christina Aguilera
Ano - 2010
Aguilera mudou, isso é fato, e com isso poderia decepcionar amantes da sua carreira, como eu. Porém, sua metamorfose expôs suas asas e possibilitou novos voos arriscados. Agora, a pequena Christina aparece pervertida, assim como todas as cantoras recém separadas, e mostra além de suas provocantes lingeries, suas tristezas e decepções, cantadas no padrão melhor do mundo, que só ela e mais umas dez no máximo conseguem. Pra quem já gostava dela, pode ir direto nas lindas faixas “Lift Me Up”, “You Lost Me” e “I Am”. Mas, quem quiser ve-la explorando o pop europeu dos anos 80, de uma chance a sensacional “Birds Of Pray”, “Elastic Love” e “Monday Morning”. E pra quem quiser abrir sua imaginação para suas investidas sensuais, pode acabar se rendendo a “Bionic”, “Not Myself Tonight”, “Desnudate” e ao apelo invencível aos homens de “Sex For Breakfast”, así me gusta papi! 

sábado, 4 de dezembro de 2010

Bombom - Rita Lee e Roberto de Carvalho


Álbum - Bombom
Artista - Rita Lee e Roberto de Carvalho
Ano - 1983
Graças as duas primeiras faixas, “On The Rocks” e “Desculpe o Auê”, o disco não é horroroso, é somente horrível. Se não bastasse faixas sem inspiração nenhuma, Rita Lee parece que estava jogando a grandiosa carreira pelo lixo deixando seu parceiro cantar, nossa que lixo é a faixa “Tentação do Céu”. Dizem que o álbum foi gravado por integrantes do Toto, mesmo que seja verdade, não alivia a tragédia, alguns momentos parece um disco da fase decadente da Kim Carnes ou da Bonnie Tyler, fora as piadinhas que me fazem sentir saudade dos Mamonas Assassinas. O álbum fecha com uma versão instrumental da faixa “Arrombou o Cofre”, que ficou melhor do que a com vocal, mas mesmo assim mostra uma Rita Lee sem novidades para oferecer, tentando plagiar seus melhores momentos. Melhor é comprar uma compilação que tenha as duas primeiras faixas e jogar esse fora.