domingo, 29 de novembro de 2009

Atom Heart Mother - Pink Floyd

Álbum - Atom Heart Mother

Artista - Pink Floyd

Ano - 1970


Mesmo para um fã da banda, “Atom Heart Mother” é um trabalho denso e torna suas músicas impenetraveis para os ouvintes menos requintados. Mas, por outro lado o álbum é uma obra de arte em toda sua produção, e faz uma viagem no mais alto nível da criativade no mundo da música progressiva, misturando coros, trompas, violinos com guitarras e sintetizadores o ainda jovem Pink Floyd inicia os anos 70 com a espetacular música tema de 23 minutos. O álbum segue com a linda “If”, composição de Roger Waters, que já começa a mostrar uma nova personalidade como vocalista. A intensa “Summer of 69” de Rick Wright com um perfil muito mais feliz do que as demais músicas, e a clássica “Fat Old Sun”, de Gilmour fecham a parte das canções do álbum, que finaliza com a diferente “Alan's Psychedelic Breakfast”, parceria do grupo com o engenheiro Alan Parsons. O simpático disco da “Vaquinha” tem lugar de honra garantido na história da música do século XX.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

At Studio 54 - James Brown

Álbum - At Studio 54

Artista - James Brown

Ano 1980


Quando se trata de James Brown, decepçionar em um cd ao vivo está fora de questão. Rapidamente as levadas vão envolvendo, não tem como fugir, e mesmo que tente trapacear escutando bem baixinho, a energia da noite é soberana e se faz presente sem perder a força. Mas honestamente esse cd não é uma boa dica pra quem curte álbuns com grandes refinamentos na gravação, o cd tem muitos barulhos e “puffs” do microfone, além de instrumentos que as vezes chegam quase rasgando os auto falantes. Mas mesmo assim, nada que possa atrapalhar o prazer de escutar “Get Up Offa That Thing”, “Body Heat”, “Sex Machine”, “Try Me”, “Papa’s Got A Brand New Bag”, em 1980, em um dos grandes “antros da perdição” da história da música, o Studio 54.

sábado, 14 de novembro de 2009

At Last - Cyndi Lauper

Álbum - At Last

Artista - Cyndi Lauper

Ano - 2003


Cyndi Lauper teve o seu grande momento no decorrer dos anos 80, com sua postura louca, sua voz excentrica e suas letras debochadas, Porém em seus álbuns antigos, mesmo recheados com diversos hits, as demais músicas nunca tinham a mesma qualidade dos hits, e acima de tudo ficava faltando sempre um pouco de elegãncia e sobriedade que faziam que sua verdadeira virtude, cantar, ficasse em segundo plano. Mas como o nome do álbum diz "At Last", finalmente Cyndi Lauper realmente se colocou como uma cantora de verdade, não que eu ache que cantar jazz seja necessário pra isso, mas da a oportunidade de ouvi-la sem o peso do passado. "La Vie En Rose", "If You Go Away" se destacam de imediato e abrem espaço para que as outras músicas nos apaixonem aos poucos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ace of Spade - Motorhead

Album - Ace of Spade

Artista - Motorhead

Ano - 1980


Nenhuma banda, nenhum produtor, nenhum artista até hoje, conseguiu agradar tanto o público hard/heavy quanto o punk, como o Motorhead. Seu líder, Lemmy - baixista, vocalista e principal compositor, sabe como ninguém, o "caminho das pedras para conseguir tal proeza. Recheado de porradas sonoras, "Ace of Spades" entrou na década de 80 arrombando a porta e os tímpanos dos ouvintes, e de quebra, entrou para a história da banda e do próprio rock and roll. A faixa-título é o que podemos chamar de "Hino", e outras maravilhas são apresentadas como "Love me Like a Reptile", "Live to Win" e "We Are a Rodie-Crew", esta última uma justa homenagem para quem trabalha por trás dos bastidores e na estrada junto com a banda. O som cru que encontramos no album é obra do produtor Vic Maile ( que já havida trabalhado com Lemmy na sua antiga banda-Hawkwind), que foi esperto o suficiente para deixar o som rolar solto no estúdio e capturar toda a essência do Motorhead. Com sua formação clássica que contava, além de Lemmy, com Eddie Clark nas guitarras e Phill "Animal" Taylor na bateria, o Motorhead lança um trabalho que com certeza será eternizado.

Farewell to Kings, A - Rush

Album - A Farewell to Kings

Artista - Rush

Ano - 1977


Antes desse disco, o power-trio canadense Rush já flertara com o rock-progressivo em trabalhos anteriores como "Caress of Steel" (ainda que timidamente) e no album "2112". Aqui a banda vai a fundo nesse estilo de música e inicia a sua fase mais criativa que começa aqui e vai até o disco "Signals", o último produzido por Terry Brown. Em "A Fareweel to Kings", música de abertura, a banda inicia os trabalhos com uma peça de violão clássico(outra característica que a banda usaria no próximo disco- "Hemispheres") para depois entrar num super-rock com a marca Rush. No disco também encontramos dois dos maiores sucessos da banda: a balada "Closer to the Heart" (até hoje obrigatória em shows) e a épica "Xanadu" com seus 11 minutos de duração e sintetizadores muito bem usados. Outra que aparece na mesma concepção é a super-progressiva "Cygnus X-1" fechando o album com chave de ouro. Deus salve o Canadá!!!

Around the Next Dream - BBM

Album - Around the Next Dream

Artista - BBM

Ano - 1994


"BBM" indica a inicial do sobrenome de cada músico deste power-trio que é: Jack Bruce, Ginger Baker (ambos ex-Cream) e Gary Moore. Na época do lançamento, muita gente "torceu o nariz" para o projeto por achar que se tratava de uma tentativa de um novo Cream. Pura bobagem, já que nada impede de 2 músicos, que já tocaram juntos em outras bandas, se reunirem para gravar novas músicas, mesmo sendo- ainda bem- no mesmo estilo do Cream. Mas o disco também tem muita coisa do som de Gary Moore como as baladas "Where in the World", "Naked Flame", no blues "I Wonder Why" e no rockaço "Glory Days". E no clima do Cream, o disco abre com a maravilhosa "Waiting in the Wings" com vocal de Bruce, e Moore soltando faísca num solo com wah-wah. O clima continua a mil com "City of Gold" e Backer mostra sua categoria numa das melhores faixas do album "Why Does Love". O disco encerra arrepiando com a linda voz de Bruce na jazzística "Wrong Side of Town". Coisa linda.

*Como curiosidade, vale lembrar que Where in the World teve um clipe que chegou a tocar bastante, inclusive na mtv-brasil

Rush Of Blood to the Head, A - Coldplay

Album - A Rush Of Blood to the Head

Artista - Coldplay

Ano - 2002


Depois do mega-sucesso do primeiro disco, "Parachutes", a banda Coldplay se viu diante do desafio que todo artista passa quando o album de estréia atinge ótimas vendas, aprovação da crítica e adoração do público: O teste do 2º disco. Embora seja um pouco inferior ao primeiro, "A Rush..." passou com sobras e méritos nesse teste. Sem mexer muito na fórmula 0 vocalista, pianista e líder Cris Martin continua, junto com os outros 3 integrantes, a compor belas canções com belas e tristes melodias. E como diria o Zagallo " não se mexe em time que está ganhando", o produtor Ken Nelson, que tb trabalhou com as bandas Gomez e Echo and the Bunnyman, foi mantido no posto e manteve o mesmo clima com as músicas "Politik", "In my Place"(com sua melodia grudenta mas no melhor sentido da palavra), "God Put a Smile Upon Your Face" e na melhor do disco "The Scientist" que ganhou um belo video-clip.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

All That You Can't Leave Behind - U2

Album - All That You Can't Leave Behind

Artista - U2

Ano - 2000


A continuidade da parceria do U2 com os produtores Brian Eno (Roxy Music) e Daniel Lanois para este trabalho, não poderia ser mais certeira e perfeita. Os dois produtores entendem do riscado e pegaram uma banda com inspiração total. As 6 primeiras músicas viraram hits instantâneos, desde a abertura com "Beautiful Day" seguida de "Stuck in a Moment You Can't Get Out Of", "Elevation", "Walk On", "Kite" e "In a Little While". Como se não bastasse esta avalanche de hits, o album segue com ótimas passagens. Os sutis detalhes da produção é outro destaque que vale a pena resaltar e destacar. Os timbres de todos os instrumentos e a voz de Bono Vox estão inacreditáveis. A capa, com uma foto da banda num aeroporto, é uma bela sacada com o título do album. É um disco do U2 é claro, mas com o corpo, alma e inteligência de Brian Eno e Daniel Lanois.

Sense of Wonder, A - Van Morrison

Album - A Sense of Wonder

Artista - Van Morrison

Ano - 1984


O bom e velho irlandes Van Morrison sempre apresentou ótimos discos, e este "A Sense of Wonder" é uma prova disso. O ano é 1984, mas poderia ser 64, 74 ou 94, pois durante toda sua carreira, desde a época do grupo "Then", este artista sempre imprimiu uma marca muito pessoal ao seu som, mesmo com o constante rodízio de músicos, mudando de disco para disco. O disco abre bem pra cima com "Tore Down A La Rimbaud" apresentando ótimos backing vocals feminos (uma das marcas do seu trabalho). Outra que tem um belo arranjo de vozes é"The Master's Eyes" e a faixa título. Depois encontramos Van Morrison cantando, como se fosse de sua autoria, "What Would I Do", do mestre Ray Charles, uma de suas influências. A bela e triste instrumental "Evening Meditation", com arranjo e sax de Pee Wee Ellis, tem uma melodia que gruda nos ouvidos de tão bonita. Mas o destaque maior do disco é, sem sombra de dúvidas, "Let the Slave", onde Van Morrison declama uma poesia do pensador inglês Willian Blake. De arrepiar até defunto. O disco encerra com a bela "A New Kind of Man" Pode comprar sem medo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aerial Boundaries - Michael Hedges

Album - Aerial Boundaries

Artista - Michael Hedges

Ano - 1984


"Perfeito", "sublime", "fantástico". Qualquer dessas palavras se encaixam perfeitamente para definir o album "Aerial Boundaries". Ou todas juntas. Sem nenhum exagero, Michael Hedges está para o violão assim como Jimi Hendrix está para guitarra elétrica. Dono de uma técnica refinada, invejável e única, Hedges redirecionou o modo de tocar violão, e neste trabalho, de nove "jóias raras", fica fácil de perceber isso. Na verdade, fica difícil, já que não dá pra saber como esse cara toca tanto. O disco é todo instrumental, só ele e seu violão, e isto basta, exceto em "Menage à Trois" com Mindy Rosenfeld na flauta e Mike Manring no baixo fretless, e no clássico de Neil Young, "After the Gold Rush" com o mesmo baixista. Dizem que Neil Young ficou "chapado" quando ouviu essa versão. Eu também fiquei. E quem não ficaria?! Infelizmente, em dezembro de 1997, o músico sofreu um terrível acidente de carro e faleceu.

Assim como Hendrix, Michael Hedges revolucionou seu instrumento. Assim como Hendrix, Michael Hedges foi perfeito, sublime e fantástico.

Abraxas - Santana

Album - Abraxas

Artista - Santana

Ano - 1970


O mexicano Devadip Carlos Santana tinha lançado seu primeiro disco quando apareceu no Festival de Woodstock em 1969. Foi o suficiente para o mundo conhecer a mistura de ritmos desse genial guitarrista. Salsa, blues, rock, jazz e tudo quanto é ritmo latino saíam das mãos de Santana. "Abraxas" é seu segundo e mais aclamado disco. As tais misturas estão perfeitas em todas as faixas. "Black Magic Woman", que até hoje é tocada ao vivo, foi composta por Peter Green, lendário guitarrista do Fleetwood Mac da 1ª fase, e aparece aqui numa versão definitiva. "Oye Como Va", "Se Acabo" e "Samba Pa Ti" são as maiores provas da inteligência musical de Carlos Santana para unir sua guitarra, de timbre único, com a percussão em ritmos latinos. Em "Mother's Daughter" e "Hope You're Felling Better" o destaque vai para o órgão e o ótimo vocal de Gregg Rolie, autor de ambas e que mais tarde fundaria a banda Journey. "Abraxas" é um daqueles discos que podemos apontar, sem nenhum medo de errar, como "clássico eterno"

Black and White Night, A - Roy Orbison

Album - A Black and White Night

Artista - Roy Orbison

Ano - 1989


Se você só conhece Roy Orbison por "Oh Pretty Woman" e deseja conhecer outras músicas desse mestre, começe por este album, que é uma verdadeira coleção de mega-hits. O disco é ao vivo, extremamente bem gravado e produzido pelo guitarrista T Bone Burnett que tb participa do concerto ao lado de outra fera da guitarra, James Burton. A lista de convidados é outro show a parte: Elvis Costello, K.D. Lang, Bonnie Raitt, Jackson Browne, Tom Waits e Bruce Springsteen. Todos, babando em extase ao lado da lenda. E não é pra menos, afinal a coleção de canções que Roy Orbison cantou ao longo de sua carreira entraram para história. E estão todas aqui, desde "Only the Lonely", "In Dream", "It's Over", as obrigatórias "Crying" e "Oh Pretty Woman", entre outras. Tudo na voz inconfundível deste artista genial que passou no teste do tempo com folga.

All Things Must Pass - George Harrison

Album - All Things Must Pass

Artista - George Harrison

Ano - 1971


Considerado o melhor disco de um ex-beatle, "All Things..." é a estréia solo de George Harrison que já tinha uma "penca" de músicas compostas, desde a época da banda, que entraram do disco. Na verdade, nos discos já que se trata de um album triplo com direito a uma jam totalmente desnecessária. Mesmo assim não é capaz de ofuscar o brilho desta obra-prima de George Harrison. A produção impecável ficou a cargo de Phil Spector, que já trabalhara em "Let it Be", e do próprio Harrison. Na banda de amigos estão: Eric Clapton, Ringo Starr, Alan White (futuro Yes), Billy Preston, Dave Mason (Traffic) entre outros. Ou seja: Só a "diretoria". Harrison no auge, deita e rola na voz, na guitarra e no slide-guitar em maravilhosas canções como "Beware of Darkness", na belíssima faixa-título, no eterno hit "My Sweet Lord", " I Not For You", de Bob Dylan, "Hear Me Lord" entre outras. Obrigatório para fãs ou não dos 4 cabeludos de Liverpool.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Asylum - Kiss

Álbum - Asylum

Artista - Kiss

Ano - 1985


“Asylum” é um bom álbum, mas mesmo assim deixou feridas no histórico da banda. A banda não conseguiu implacar um big hit como nos outros álbus sem mascara, e acima de tudo mergulhou mais fundo ainda nos visuais coloridos e glamorosos colocando os fãs de rock em dúvida sobre futuro da banda. Nada mais se parece com a lendaria banda dos anos 70, e nesse momento a banda mais se parecia com as bandas que surgiram os imitando. Mesmo assim, pode se encontrar muitas coisas boas para se destacar, como o baterista Eric Carr com arranjos espetaculares e o ainda novato Bruce Kulick que assumia seu posto definitivamente e mostrava qualidades da nova safra de guitarristas. “Tears Are Falling”, “Who Wants to Be Lonely” e “Uh! All Night” foram as faixas que se destacaram, mostrando que o caminho da banda estava muito mais do lado de Paul Stanley do que do que o então desconcentrado Gene Simmons.

Message From the People, A - Ray Charles

Album - A Message From the People

Artista - Ray Charles

Ano - 1972


Em 1972, os Estados Unidos ainda chafurdava na estúpida guerra ( e qual guerra não é estúpida?) do Vietnã, e seu "filho" mais genial resolve lançar um disco cheio de mensagens políticas e de esperança para o povo americano. O resultado é o album "A Message From the People", um trabalho de rara beleza desde a bela capa (idéia do próprio RC) com as imagens de Abraham Lincon, Martin Luther King, os irmãos Kennedy, o próprio Ray e 4 crianças de raças diferentes; os arranjos de Quincy Jones, o "time" de músicos de 1ª grandeza, entre eles Freddie Hubbard; e claro, a voz mais linda e apaixonada do mundo cantando com brilhantismo um punhado de músicas que fazem qualquer humano, com um mínimo de sensibilidade, chorar. O disco vai do gospel ao country, passando pelo soul com maestria. Ray Charles tem o dom de cantar músicas de outros compositores como se fossem suas, e é isso que acontece com todas as músicas deste disco, principalmente na tradicional "America the Beautiful" com arranjo e versão definitiva do gênio Ray Charles. Destaque para as faixas "Lift Every Voice and Sing", "Seems Like I Gotta do Wrong", "Hey Mister" e "Heaven Help Us All". Disco para se ouvir todos os dias, tardes, noites...


Aqualung - Jethro Tull

Album- Aqualung

Artista - Jethro Tull

Ano - 1971


Liderado pelo escocês Ian Anderson, o Jethro Tull, depois de lançar 3 ótimos albuns, mas com pouca vendagem, alcançou definitivamente o merecido reconhecimento com esta obra-prima conceitual (embora Ian Anderson negue) chamada "Aqualung". Com letras inpiradas que falam da relação do homem com a fé, religião, Deus e igreja, e com um instrumental que mistura folk, blues, progressivo e hard, a banda criou um estilo que sempre confundiu os críticos da época que não sabiam como classificá-la. Afinal como definar um som que tem a flauta-"incendiária" do seu líder, como principal instrumento da banda? Tudo usado de forma magistral. O disco abre de maneira arrebatadora com a faixa-título, que tem um dos riffs de guitarra dos mais conhecidos até hoje, cortesia do guitarrista Martin Barre. O album segue com uma verdadeira coleção de obras-primas. "My God", "Cheap Day Return", "Locomotive Breath", "Hymn 43" entre outras, fazem deste disco o melhor momento de uma banda de vários momentos sublimes. Se você mora em outro planeta e nunca ouviu este disco, faça-o agora mesmo. Um detalhe curioso é que a música "Cross-Eyed Mary ", teve uma versão com o Iron Maiden, e que Ian Anderson odiou, chegando inclusive a declarar: "Escrevi esta canção para uma menina vesga. Espero que ela tenha ficado surda antes de ouvir o que fizeram com a minha música" Boato ou verdade?

Show of Hands, A - Rush

Album - A Show of Hands

Artista- Rush

Ano- 1989


O trio canadense Rush, depois de 4 discos de estúdio, sempre dava uma "modificada" no seu som, mas antes lançava um registro ao vivo da fase que deixava para trás. "A Show of Hands" captura a banda dando adeus aos anos 80, e abre o espetáculo de maneira criativa e divertida com a vinheta dos 3 Patetas para em seguida entrar á toda com o hit "Big Money", que ficou muito melhor ao vivo do que no sonolento album "Power Windows". Seguida da ótima "Subdivisions", do álbum "Signals" e de uma buracrática versão de "Marathon". E tome hits e teclados! "Turn the Page", "Mission", "Time Stand Still" e "Force Ten" , do album "Hold Your Fire", fazem a cabeça dos fãs até hoje quando pintam nos shows. Infelizmente o repertório do album apresenta pouca coisa do ótimo "Grace Under Pressure" de 84, e de outras fases da banda só aparecem "Witch Hunt" do "Moving Pictures" e o mega-hit "Closer to the Heart". "A Show of Hands" foi o primeiro disco produzido apenas pelo trio, e sem sombra de dúvidas é, dos trabalhos ao vivo, o mais fraco de todos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aspects of Love - Andrew Lloyd Webber

Álbum - Aspects of Love

Artista - Andrew Lloyd Webber

Ano - 1989


“Aspects of Love” não conseguiu repetir a gloria de seus álbuns anteriores como, Cats e The Phantom of the Opera, porém não deixa de ser uma obra de arte digna do mestre Andrew Lloyd Webber. Ao meu ver, a principal diferença está nos vocalistas, apesar de toda competência, Michael Ball e Ann Crumb não conseguem manter o elevadíssimo padrão que vinha com os incríveis Ted Neeley, Michael Crawford, Sarah Brightman e Elaine Paige. Por outro lado, as orquestrações são sublimes e o roteiro é um dos mais complexos de toda sua carreira. “Love Changes Everything”, “Seeing is Believing”, “Chanson d’enfance” e “Anything But Lonely” são lindas canções emocionantes e se manterão no repertório de qualquer coletânea desse grande mestre da música.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Asia - Asia

Álbum - Asia

Artista - Asia

Ano - 1982


Enquanto Van Halen gravava com Michael Jackson, “Eye Of The Tiger” estourava com Survivor e a MTV chegava abalando os EUA, o hard rock vinha se popularizando cada vez mais em todo mundo. Mas, a novidade que vinha da Europa não era tão nova assim, recheada de veteranos do mais alto gabarito como Carl Palmer (ELP), Steve Howe (YES) e John Wetton (King Crimson) Asia era a banda que honestamente jamais imaginaria no top das paradas Pop por nascer de trabalhos tão progressivos e segmentados. Mas ao contrário do que se imaginava composições como “Only Time Will Tell”, “Heat of the Moment” e “Wildest Dream” colocaram a banda como um dos símbolos do rock orientado pelas rádios deixando pistas para o que viria por toda a década de 80. A gravação é ótima com a produção de Mike “Clay” Stone, e vale lembrar que a arte da capa é feita pelo inconfundível Roger Dean. Para os dias de hoje, o trabalho já não é tão impactante, mas para os jovens dos anos 80 era obrigatório em todas as fitas K7s.